Iniciativa patrocinará ações nos estados do Amazonas, Pará e do Tocantins
A Rede Transformar, uma iniciativa plural e multissetorial que reúne empresas para promover o desenvolvimento de comunidades, anunciou os projetos selecionados da segunda edição do edital “Floresta em Pé”. A iniciativa irá patrocinar cinco projetos nos estados do Amazonas, Pará e Tocantins que desenvolvem ações voltadas à preservação do bioma Amazônico.
No Pará, o projeto aprovado pelo edital “Floresta em Pé” é da Associação das Famílias Unidas de Jabaroca – Flor do Campo, da cidade de Primavera (PA). Fundada em 2012, a associação promove ações para gerar renda para mulheres pardas e negras, com ascendência indígena, em situação de vulnerabilidade social. Com a aprovação, o objetivo é ampliar em 50% a produção de biojóias e cerâmicas, além de incentivar a conservação da floresta. Para isso, a organização irá modernizar equipamentos, oferecer capacitações em design de biojóias e precificação, e desenvolvimento de novos canais de comercialização. Há previsão ainda de realizar encontros sobre violência de gênero e conservação ambiental.
No Amazonas, um dos projetos classificados para receber apoio do edital “Floresta em Pé” é o Apoio a Casa de Produção Agroecológica, do Instituto de Desenvolvimento Ambiental Raimundo Irineu Serra (Idaris). Fundado em 1997, no município Pauini (AM), o Idaris desenvolve ações sociais junto à Vila Céu do Mapiá e em comunidades situadas na Floresta Nacional do Purus – uma Unidade de Conservação da Amazônia brasileira. O foco dos trabalhos é apoiar iniciativas regenerativas e de economia solidária. O projeto inscrito pelo instituto no edital “Floresta em Pé” tem como objetivo dar visibilidade aos alimentos cultivados pelos agricultores, por meio do escoamento dos produtos para gerar renda para as comunidades. Para isso, uma das principais atividades que serão executadas com o apoio do edital será a construção de um local para beneficiamento de frutas e produção de polpas, além de um espaço para a oferta de cursos e oficinas.
Também aprovado no Amazonas pelo edital “Floresta em Pé”, o projeto “Cesta Panc-Conectando a Floresta ao Mercado Business to Business”, do Amazônia Socioambiental, irá fortalecer o trabalho desenvolvido por mulheres de baixa renda, da Reserva Florestal Adolpho Ducke, em Manaus (AM). As beneficiadas geram a própria renda por meio da agricultura e, com o apoio do “Floresta em Pé”, terão suporte para a realização de diversas atividades, como: estruturação de uma logística de escoamento da produção, definição de pontos de retirada de alimentos, capacitação para aprimorar as estratégias de comercialização, criação de campanhas de divulgação e participação em feiras gastronômicas.
A Rede Transformar aprovou ainda no Amazonas o projeto “Caramuri Sustentável: Floresta Revitalizada, Futuro Agroflorestal”, proposto pela Associação Comunitária Agrícola São Francisco do Caramuri”. Fundada em 1995, em Manaus (AM), a Associação promove o desenvolvimento sustentável e a inclusão social por meio da agricultura familiar. Com o apoio do “Floresta em Pé”, os agricultores da comunidade São Francisco do Caramuri irão receber capacitação sobre manejo de sistemas agroflorestais para recuperar áreas degradadas e, assim, melhorar a produtividade agrícola e a conservação ambiental. Também estão previstas implantação de modelo agroflorestal, realização de workshops e visitas técnicas para fomentar práticas sustentáveis na comunidade.
O projeto selecionado no Tocantins é o “Sabores Ancestrais: Cultura, Renda e Sustentabilidade no Beneficiamento da Jaca”, idealizado pela empresa Carne de Jaca. Localizada em Palmas (TO), a empresa possui experiência em iniciativas relacionadas à bioeconomia e ao fortalecimento socioeconômico local, oferecendo oportunidades de geração de renda para mulheres, jovens, pessoas com deficiência e público LGBTQIA+ de comunidades quilombolas. Com a classificação na seleção do “Floresta em Pé”, a Carne de Jaca irá organizar a cadeia produtiva do fruto, capacitar os beneficiários em processamento, manipulação e comercialização, assim como estabelecer parcerias e promover ações de conscientização ambiental.
Para ser aprovado no edital da Rede Transformar, os participantes deveriam apresentar propostas de acordo com pelo menos uma das temáticas e subtemas que constam no edital. Na temática de Meio Ambiente, por exemplo, foram selecionados projetos ligados às subtemáticas de Redução do Desmatamento ou Mudanças Climáticas. Já na área de Desenvolvimento Econômico foram selecionados projetos relacionados à Geração de Trabalho e Renda ou Empreendedorismo.
Outro requisito avaliado na seleção é a atuação dos projetos em territórios vulneráveis e os seus impactos na comunidade. Foi avaliado ainda o potencial de geração de renda e emprego, além do trabalho em rede e/ou em articulação com outros atores sociais. Os aprovados receberão um aporte para executar as ações propostas em até seis meses. A expectativa é de que os projetos auxiliem na manutenção dos ativos florestais e gerem renda nas comunidades. A segunda edição do edital “Floresta em Pé” contou com a participação das empresas Fagundes Construção e Mineração, Sotreq, Enaex Brasil, Ambipar Environmental Solutions e Votorantim Cimentos.
“Durante o período de inscrições para o edital ‘Floresta em Pé’, entre outubro e dezembro de 2024, dobramos o número de inscritos em relação a 2023. Esse aumento significativo mostra a importância de consolidarmos iniciativas setoriais, como a Rede Transformar, que visa promover a melhoria na vida das pessoas e fortalecer o desenvolvimento sustentável em comunidades por todo o Brasil”, afirma nosso diretor de Suprimentos, Henrique Paes.
Acesse a página da Rede Transformar para conhecer mais sobre essa iniciativa.