Utilizamos IA que prevê a resistência do cimento

Sistema inédito permite ações preventivas ao concluir, em três dias, teste de resistência à compressão que antes levava 28 dias e aumenta eficiência dos nossos laboratórios.

 

Desenvolvemos e implementamos um sistema de inteligência artificial que prevê a resistência final do cimento. Os ensaios de resistência à compressão aos 28 dias são obrigatórios pela norma brasileira porque indicam a resistência à compressão do cimento 28 dias após a sua aplicação e, naturalmente, demoram o mesmo período para serem concluídos. Com a implantação do sistema de inteligência artificial inédito, é possível saber  ̶  em apenas três dias  ̶   o resultado que antes levava 28 dias, permitindo que façamos correções preventivas em eventuais desvios de resistência do cimento, eliminando ou reduzindo eventuais problemas do concreto.

A tecnologia já é utilizada em 27 laboratórios localizados nas nossas fábricas de cimento no Brasil e na Turquia. Os resultados futuros do teste são calculados a partir de dados confiáveis, combinados com recursos matemáticos e estatísticos. O nosso novo sistema utiliza o modelo preditivo, que é um campo da inteligência artificial conhecida como aprendizado de máquina (do inglês “machine learning”). O sistema foi desenvolvido a partir de uma base de dados com os resultados reais dos testes dos cimentos realizados entre 2017 e 2019. A inteligência artificial usou essas informações e dados de composição física e mineral para criar padrões para prever os resultados da resistência do cimento. Os ensaios de resistência à compressão requeridos pela norma brasileira também continuam a ser realizados na forma tradicional e comprovam os resultados previstos pelo novo sistema, apresentando uma eficiência de 99%.

“A resistência de compressão do cimento é um dado técnico de extrema importância, pois impacta diretamente o concreto e a execução das obras dos nossos clientes. Se conseguirmos prever antecipadamente algum desvio de resistência, podemos atuar de maneira rápida na correção, evitando ou reduzindo eventuais problemas, afirma a nossa consultora de Pesquisa & Desenvolvimento, Gabriela Leon.

O novo sistema de inteligência artificial também permitiu a predição da eficiência técnica – este é um importante e único parâmetro que mede o desempenho do cimento no concreto e permite avaliar a performance do produto pelo ponto de vista do cliente. A eficiência técnica dos nossos cimentos é determinada por um ensaio prático que foi desenvolvido pela nossa equipe de Pesquisa & Desenvolvimento. Como o ensaio de eficiência técnica não é requerido pelas normas brasileiras e é relativamente demorado, as unidades industriais o realizavam apenas uma ou duas vezes por semana, e somente para os cimentos vendidos a granel. A implementação do ensaio de eficiência técnica a partir do sistema de inteligência artificial trouxe mais subsídios e rapidez na avaliação da qualidade do cimento produzido em todas as nossas fábricas.

O uso da inteligência artificial e a implementação do modelo preditivo aumentou a eficiência dos laboratórios das nossas fábricas no Brasil, permitindo a redução de 119 horas por mês dedicadas à realização dos ensaios, ao mesmo tempo em que aumentou em mais de 200% o número de resultados disponíveis. Tudo isso se traduz em agilidade na tratativa de problemas de qualidade e satisfação dos clientes.

“Nós, da Votorantim Cimentos, queremos pavimentar o futuro da construção civil de forma simples, ágil e sustentável, fortalecendo o protagonismo no canteiro de obras, trabalhando para ser a primeira escolha do varejo e nos consolidando como referência em sustentabilidade na cadeia de valor.  Por isso, olhamos para nossos projetos em Pesquisa & Desenvolvimento como iniciativas de curto, médio e longo prazos para alavancar inovações no setor. Muitas iniciativas têm como finalidade otimizar processos internos que têm impacto no desempenho dos nossos produtos, como essas que envolvem o uso de inteligência artificial para o desenvolvimento de aplicativos e modelos preditivos. Além disso, a partir dos modelos para predição das propriedades dos cimentos, já criamos outros para uso em nossas argamassas e concretos”, afirma a nossa gerente geral de Pesquisa & Desenvolvimento, Silvia Vieira.