Nossos resultados financeiros no primeiro trimestre de 2024 

14/05/2024, 13h59
  • Nossas vendas globais de cimento somaram 8,1 milhões de toneladas, crescimento de 1% em relação ao primeiro trimestre de 2023, na esteira de uma atividade econômica global mais resiliente;
  • Expansão de nossa margem em 1 ponto percentual em relação ao mesmo período do ano passado, atingindo uma margem EBITDA de 14% no 1T24, com EBITDA de R$ 766 milhões; 
  • Aumento de 23% do Capex no trimestre, alinhado à estratégia de aceleração de investimentos em competitividade estrutural;
  • O índice de alavancagem, medido pela relação dívida líquida/EBITDA ajustado, foi de 1,76x, ligeiramente inferior que no primeiro trimestre de 2023; 
  • Inauguramos a primeira unidade dedicada às operações da Verdera e da Viter no estado do Paraná, no Brasil.

Encerramos o primeiro trimestre de 2024 com melhores margens em função do aumento do volume de vendas e da redução de custos. No primeiro trimestre, as nossas vendas globais de cimento somaram 8,1 milhões de toneladas, aumento de 1% em relação ao primeiro trimestre de 2023. 

Registramos receita líquida global de R$ 5,5 bilhões no primeiro trimestre de 2024, redução de 4% na comparação, em moeda local (expurgando o efeito da variação cambial), com o mesmo período do ano passado. Esse resultado é explicado, principalmente, pelo impacto negativo de volume na América do Norte, parcialmente compensado pelos resultados positivos dos países da Europa, Ásia e África e da América Latina.  

O EBITDA (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado consolidado atingiu R$ 766 milhões nos primeiros três meses de 2024, que representa uma ligeira queda de 1% em relação ao mesmo período de 2023 em moeda local, decorrente do melhor resultado no exterior e melhores custos, compensando os resultados no Brasil. O crescimento de volumes e o arrefecimento de custos de combustíveis, energia elétrica e matéria-prima resultaram em uma margem EBITDA de 14% no 1T24, representando uma expansão de 1 ponto percentual comparado ao 1T23. 

Já o nosso lucro líquido foi de R$ 17 milhões no 1T24 contra R$ 78 milhões no 1T23. O número do primeiro trimestre do ano deve-se ao menor resultado operacional, maior resultado financeiro líquido e marcação a mercado de contratos futuros de energia. 

A alavancagem, medida pela relação dívida líquida/EBITDA ajustado, fechou o trimestre em 1,76x, 0,02x menor que o mesmo período de 2023. A métrica segue em conformidade com a nossa política financeira e alinhada com os indicadores de grau de investimento. No final do 1T24, mantivemos uma sólida liquidez, com o montante em caixa e aplicações financeiras no valor de R$ 4,4 bilhões, o que permite que cumpramos com as nossas obrigações financeiras para mais de quatro anos. 

Os nossos investimentos (Capex) no primeiro trimestre do ano totalizaram R$ 413 milhões, 23% maior que no 1T23. Esse aumento é explicado, principalmente, pela nossa estratégia global de investimentos em modernização e competitividade estrutural, além de projetos atrelados aos nossos compromissos de descarbonização. Os projetos de expansão são responsáveis por 8% do total de capital investido no 1T24. Entre os principais investimentos destacamos os projetos em novos negócios no Brasil, como o aumento de capacidade da Viter (soluções agrícolas) e da Verdera (gestão e coprocessamento de resíduos) na unidade de Itaperuçu (PR), inaugurada no começo de abril, com investimento total de R$ 145 milhões.  

“Nossos sólidos e consistentes resultados financeiros refletem a execução de nosso mandato estratégico, que inclui o plano de investimento de competitividade estrutural R$ 5 bilhões no Brasil, já anunciado, focado em redução de custos, descarbonização, expansão de capacidade, diversificação regional e aceleração de novos negócios”, diz Osvaldo Ayres Filho, nosso CEO global.  

No começo de abril de 2024, a subsidiária St. Marys emitiu um novo bond no mercado internacional, com garantia integral da Votorantim Cimentos, no valor de US$ 500 milhões, com cupom de 5,75% ao ano, a serem pagos semestralmente, e com vencimento em abril de 2034. Essa emissão também refletiu a nossa sólida posição financeira ao registrar o menor spread de crédito entre emissores brasileiros para esse prazo de vencimento.  

A emissão está alinhada com a nossa estratégia de gestão de passivo e extensão de prazo médio da dívida, e marcou uma inovação em nosso gerenciamento de dívidas, sendo nosso primeiro sustainability-linked bond no mercado de capitais internacional. Essa operação possui indicador de performance ambiental (KPI) associado à intensidade de emissão de CO2 líquida no escopo 1 (kg CO2/tonelada de cimentícios) e porcentagem de substituição térmica, evidenciando o nosso comprometimento no processo de descarbonização, em linha com nossas metas de sustentabilidade para 2030. 

Desempenho por região 

No Brasil, alcançamos receita líquida de R$ 3 bilhões no primeiro trimestre de 2024, estável em comparação ao mesmo período de 2023. O EBITDA ajustado foi de R$ 512 milhões, resultado operacional 6% menor comparado ao 1T23, explicado pelo menor preço e timing de manutenção, suficientes para mitigar a redução de custos registrada no período. O EBITDA da área de Novos Negócios seguiu em tendência positiva, avançando 40% em comparação ao primeiro trimestre do ano anterior. 

Na América do Norte, a receita líquida atingiu R$ 1,1 bilhão nos três primeiros meses do ano, redução de 3% em relação ao mesmo período de 2023 em moeda local, resultado impactado pela ligeira desaceleração da demanda e pelo inverno mais intenso, parcialmente mitigados pelo incremento de preços. O EBITDA ajustado da região foi negativo em R$ 17 milhões no período contra um resultado negativo de R$ 47 milhões no primeiro trimestre de 2023. Ainda que melhor, o resultado dos primeiros meses do ano é tradicionalmente impactado pelo inverno no Hemisfério Norte, sazonalidade que foi parcialmente mitigada pela dinâmica positiva de preços. 

Na Europa, Ásia e África, a receita líquida subiu 1% no 1T24 comparada ao 1T23 em moeda local, atingindo R$ 975 milhões. O resultado foi impactado por maiores volumes na Turquia e pela gestão positiva de preço na maioria dos países. O EBITDA ajustado na região foi de R$ 243 milhões no período, queda de 5% em relação ao 1T23 em moeda local. O resultado operacional foi impactado pelo período de chuvas acima da média no Marrocos e na Espanha, e investimentos em tecnologia da informação.  

Na América Latina, a receita líquida cresceu 3% em moeda local no primeiro trimestre de 2024 em comparação com o mesmo período de 2023, atingindo R$ 195 milhões, resultado de melhores volumes de vendas e preços na Bolívia. Essa melhora de vendas refletiu também no EBITDA ajustado de R$ 30 milhões no 1T24, aumento de 13% sobre o 1T23 em moeda local, também ajudado pelo menor custo de matéria-prima.