Nossos resultados financeiros do segundo trimestre de 2022

  • Nosso volume global de vendas de cimento no trimestre foi de 9,6 milhões de toneladas, queda de 2% em comparação ao mesmo período do ano passado;
  • O EBITDA ajustado foi de R$ 1,4 bilhão, 12% menor em relação ao 2T21, impactado pela pressão de custos e valorização do real;
  • Nossa alavancagem, medida pela relação dívida líquida/EBITDA Ajustado, ficou em 1,99x, dentro da nossa política financeira;
  • Agências de risco de crédito Moody´s e Fitch reafirmam grau de investimento, com perspectiva estável;
  • Em maio, realizamos oferta de recompra de título de dívida (Voto41) de US$ 221,8 milhões no mercado internacional e emissão de debênture no valor de R$ 1 bilhão.

 

Encerramos o segundo trimestre de 2022 com receita líquida consolidada de R$ 6,7 bilhões, aumento de 15% em comparação ao mesmo período do ano passado. O resultado se deve, principalmente, à dinâmica favorável de preços, além do impacto positivo gerado pelos volumes adicionais decorrentes das nossas aquisições finalizadas em 2021. No segundo trimestre do ano, nossas vendas globais de cimento somaram 9,6 milhões de toneladas, diminuição de 2% em relação ao segundo trimestre de 2021.

“Vários choques atingiram a economia mundial já enfraquecida pela pandemia: inflação mais alta do que a esperada em todo o mundo – especialmente no Brasil, nos Estados Unidos e na Europa – condições financeiras mais restritivas, uma desaceleração pior do que a prevista na China, refletindo os surtos e bloqueios da Covid-19, e mais repercussões negativas da guerra na Ucrânia, com aumento de combustíveis, fretes e energia. Apesar desse cenário desafiador, a companhia mostrou resiliência operacional, com gestão de custos e repasse para os preços. Tanto que o nosso resultado do segundo trimestre deste ano, apesar de ser menor que o do mesmo período do ano passado, foi melhor na comparação com a série histórica, superando os números de 2020, 2019 e 2018”, afirma o nosso CEO Global, Marcelo Castelli.

Encerramos o segundo trimestre com EBITDA (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado consolidado de R$ 1,4 bilhão, 12% menor na comparação com mesmo período de 2021, impactado, principalmente, pela pressão de custos em todas as regiões, além do impacto negativo da taxa de câmbio. A margem EBITDA no período foi de 20%, redução de 7 pontos percentuais sobre o segundo trimestre de 2021.

O nosso lucro líquido foi de R$ 366 milhões no 2T22, redução de 47% na comparação com o mesmo período do ano passado. O resultado no segundo trimestre é explicado, principalmente, pela queda do resultado operacional e por maior prejuízo do resultado financeiro líquido no período, devido ao pagamento do prêmio da oferta de recompra do título de dívida Voto41.

Ao final do segundo trimestre de 2022, a nossa alavancagem, medida pela relação dívida líquida/EBITDA ajustado, ficou em 1,99x, aumento de 0,44x comparado com o final de 2021 devido ao período sazonal na geração de caixa e à redução do EBITDA ajustado no período, mas dentro da nossa política financeira.

“Apesar da desaceleração da economia mundial, a Votorantim Cimentos segue operando com sólidas métricas financeiras e elevada liquidez, mantendo o grau de investimento e com perspectiva estável na classificação das agências de rating Moody´s e Fitch. A alavancagem da companhia permaneceu em patamares estáveis e dentro da nossa política financeira. Em maio, realizamos uma operação no mercado internacional que recomprou a dívida mais onerosa do nosso portfólio, aproveitando as taxas atrativas do mercado. E utilizamos os recursos de emissões de dívidas no mercado local com taxas mais atraentes para financiar a nossa operação”, diz a nossa CFO Global, Bianca Nasser.

 

Desempenho por região – No Brasil, nossa receita líquida foi de R$ 3,2 bilhões no segundo trimestre de 2022, crescimento de 24% em relação ao mesmo período do ano passado. Diante do cenário macroeconômico desafiador no país, o aumento da receita é explicado, principalmente, pela dinâmica de preços favorável. Já o nosso EBITDA ajustado no trimestre ficou em R$ 606 milhões, queda de 9% em comparação ao segundo trimestre de 2021, ocasionado pela queda no volume e pressão de custos devido à alta de preços das commodities e inflação local, mas substancialmente mitigado pela dinâmica local de preços. Segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC), a inflação de custos tem impactado fortemente o setor. Um exemplo é o preço do coque de petróleo, principal fonte de energia para a indústria do cimento, que subiu 73,5% nos últimos 12 meses. Além do coque, energia elétrica, frete, sacaria, gesso e refratários seguem registrando forte aumento de preços, de acordo com o SNIC.

Na América do Norte, nossa receita líquida atingiu R$ 2,1 bilhões no 2T22, aumento de 8% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, em decorrência da forte demanda no Canadá e nos Estados Unidos, aliada à dinâmica de preços favorável. O nosso EBITDA ajustado na região foi de R$ 520 milhões no segundo trimestre, redução de 11% em relação ao mesmo período de 2021. Esse arrefecimento se deve ao impacto inflacionário nos custos variáveis, principalmente combustível e energia, além da apreciação do real no período.

Na região composta por Europa, Ásia e África, nossa receita líquida aumentou 13% no segundo trimestre, atingindo R$ 841 milhões. O resultado positivo é explicado principalmente pela dinâmica de preços em todos os países nos quais operamos e pelo aumento de volume na Espanha, tanto orgânico quanto em razão do volume adicional com a aquisição da Cementos Balboa. O nosso EBITDA ajustado da região foi de R$ 167 milhões no trimestre, queda de 9% em relação ao mesmo período do ano passado, resultado principalmente do impacto do câmbio quando comparado ao do ano passado. Considerando o resultado operacional em euro, houve um crescimento de 10% no EBITDA do 2T22 em comparação com o mesmo período do ano anterior. A dinâmica de preços e o mercado favorável na região mitigaram a pressão sobre os custos, especialmente de combustível e energia.

Na América Latina, nossa receita líquida no segundo trimestre do ano foi de R$ 205 milhões, redução de 17% em relação ao mesmo período de 2021. A dinâmica de mercado no Uruguai impactou o resultado, principalmente após a entrada de um novo competidor em meados de 2021 e devido à base de comparação mais favorável no ano passado. Já a Bolívia registrou dinâmica de preços favorável, com demanda de volume de cimento estável. O nosso EBITDA ajustado na região foi R$ 41 milhões no 2T22, queda de 42% em comparação com o mesmo período do ano passado. Além do cenário mercadológico uruguaio, a pressão da inflação de custos nos dois países e a apreciação do real também contribuíram negativamente para o resultado.