Nossos resultados financeiros do primeiro trimestre de 2022

11/05/2022, 14h01
  • Nosso volume global de venda de cimento no trimestre foi de 8 milhões de toneladas, crescimento de 5% em comparação ao mesmo período do ano passado;
  • EBITDA ajustado foi de R$ 418 milhões, queda de 57% em relação ao 1T21;
  • Margem EBITDA alcançou 9% no período, redução de 15 p.p. sobre março de 2021;
  • Nossa alavancagem, medida pela relação dívida líquida/EBITDA Ajustado, ficou em 1,84x, pequena elevação em comparação a dezembro de 2021, que foi de 1,55x,
  • Mantivemos o grau de investimento pelas três principais agências de classificação de risco.
  • Em março, adquirimos, da Auren, 49% do capital social da empresa Ventos de Santo Ângelo Energias Renováveis S.A., que detém autorizações para exploração de parques eólicos para geração de energia;
  • Também em março, lançamos a transportadora digital Motz.

 

Encerramos o primeiro trimestre de 2022 com receita líquida consolidada de R$ 4,9 bilhões, aumento de 22% em comparação ao mesmo período do ano passado. O resultado se deve, principalmente, à dinâmica favorável de preços observada no Brasil, na América do Norte, Europa, Ásia e África, além do impacto positivo gerado pelos novos volumes provenientes de aquisições que realizamos ao longo de 2021.

No primeiro trimestre, as nossas vendas globais de cimento somaram oito milhões de toneladas, crescimento de 5% em relação aos primeiros três meses de 2021, apesar da retração de mercado registrada no período em alguns países onde temos operações.

“A guerra na Europa, as sanções impostas à Rússia, os novos lockdowns na China e os gargalos nas cadeias logísticas continuam impactando a economia global. Além disso, a elevação das taxas de juros e a inflação de custos têm afetado empresas e mercados como um todo. Frente a esse cenário desafiador, seguimos alinhados à nossa estratégia, atentos aos custos, à nossa excelência operacional e ao nosso plano de negócios em todas as regiões”, afirma nosso CEO Global, Marcelo Castelli.

Encerramos o primeiro trimestre com EBITDA (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado consolidado em R$ 418 milhões, 57% inferior ao mesmo período de 2021, em função da forte base de comparação com o primeiro trimestre do ano passado, combinado com fatores climáticos (verão chuvoso no Brasil e inverno rigoroso na América do Norte), taxa de câmbio e efeitos não recorrentes registrados em igual trimestre do ano passado que somaram quase R$ 132 milhões (venda de um terreno de propriedade de uma subsidiária na Turquia e crédito referente à repactuação do risco hidrológico de geração de energia elétrica).

A pressão nos preços das matérias-primas, energia e combustíveis afetou nossa margem EBITDA no período, que foi de 9%. Impactada pelo cenário macroeconômico global, encerramos o primeiro trimestre com o resultado negativo de R$ 317 milhões, uma reversão em relação ao lucro de R$ 227 milhões registrado no mesmo período de 2021.

Ao final do primeiro trimestre de 2022, a alavancagem, medida pela relação dívida líquida/EBITDA ajustado, ficou em 1,84x, pequena elevação, já esperada, em comparação a dezembro de 2021, que foi de 1,55x, mantendo a trajetória de queda no longo prazo, em linha com nossa política financeira.

“Mesmo diante de um cenário de instabilidade macroeconômica e pressão nos custos, mantivemos nossa solidez financeira reconhecida pelo grau de investimento pelas três principais agências de classificação de risco. Encerramos o primeiro trimestre com forte liquidez que nos permite cumprir com todos os vencimentos de dívida nos próximos cinco anos, destacando que 40% da nossa posição de caixa está concentrada no exterior”, diz a nossa CFO Global, Bianca Nasser.

 

Desempenho por região – No Brasil, nossa receita líquida foi de R$ 2,7 bilhões no primeiro trimestre de 2022, crescimento de 21% em relação ao mesmo período do ano passado. Apesar da instabilidade do mercado local, das pressões macroeconômicas e da forte base de comparação frente ao mesmo período do ano passado, o aumento da receita é explicado pela combinação de aumento de volume de vendas e de preço. Já o nosso EBITDA ajustado no trimestre ficou em R$ 359 milhões, queda de 40% em comparação a março de 2021, ocasionado pela pressão de custos devido aos preços das commodities, inflação local e efeito não recorrente no primeiro trimestre do ano passado (crédito referente à repactuação do risco hidrológico de geração de energia elétrica) que favoreceu o EBITDA em R$ 58 milhões.

Já na América do Norte, nossa receita líquida foi de R$ 1 bilhão nos três primeiros meses de 2022, aumento de 24% na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, em decorrência da adição dos volumes das aquisições realizadas no último ano e da sólida dinâmica de mercado no Canadá e nos EUA. Nosso EBITDA ajustado na região ficou negativo em R$ 122 milhões nos três primeiros meses do ano frente aos R$ 10 milhões positivos alcançados no mesmo período de 2021. Essa reversão se deve à piora das condições climáticas no Hemisfério Norte, que tem impactos significativos nos resultados operacionais.

Na região composta por Europa, Ásia e África, nossa receita líquida aumentou 10% no primeiro trimestre, atingindo R$ 697 milhões, impulsionada pelo incremento nos volumes em quase todos os países da região e à adição da Cementos Balboa, na Espanha. Nosso EBITDA ajustado da região foi R$ 133 milhões no trimestre, queda de 46% em relação ao mesmo período do ano passado, quando houve um efeito não recorrente (venda de um terreno na Turquia) que favoreceu o EBITDA em quase R$ 74 milhões. A dinâmica de mercado não foi capaz de mitigar a pressão sobre os custos do coque de petróleo e energia, além dos impactos da greve dos caminhões na Espanha em meados de março.

Na América Latina, nossa receita líquida no primeiro trimestre do ano foi de R$ 189 milhões, redução de 17% em relação ao primeiro trimestre de 2021. A piora na dinâmica de mercado no Uruguai pressionou o resultado para baixo, sendo parcialmente compensado pelo mercado boliviano, em tendência positiva desde o ano passado, com melhores volumes e preços, apesar dos desafios macroeconômicos. Nosso EBITDA ajustado na região foi R$ 34 milhões no primeiro trimestre, queda de 50% em comparação com o mesmo período do ano passado. Além do cenário uruguaio, a desvalorização do real também contribuiu negativamente para o resultado.

 

Destaques do trimestre – Em março, adquirimos, da Auren (ex-Votorantim Energia), o percentual de 49% do capital social total da empresa Ventos de Santo Ângelo Energias Renováveis S.A., cuja finalidade é a participação societária em três sociedades de propósito específico detentoras de autorizações para exploração de parques eólicos para geração de energia elétrica.

No mesmo mês, apresentamos a Motz, uma nova transportadora digital que chegou ao mercado para transformar a jornada logística de caminhoneiros e embarcadores para um modelo mais simples e ágil. A Motz alia a nossa solidez, nossa capilaridade e a nossa rede de cargas com o espírito de startup de uma Logtech, mais enxuta, ágil, inovadora e com muita tecnologia.

Por meio de uma plataforma digital, a Motz conecta cargas de embarcadores com os motoristas autônomos. A nova transportadora atua com foco em cargas secas, correlatas à cadeia de produtos da construção civil, podendo atender diversos segmentos, como agronegócio, mineração e siderurgia, entre outros. A Motz já está em operação, atuando com o transporte de nossas cargas e de outras empresas.