Nossos resultados financeiros de 2023 

21/03/2024, 14h11
  • Nossa receita líquida global consolidada no período foi de R$ 26,7 bilhões, crescimento de 3% na comparação com 2022;
  • Nosso EBITDA ajustado recorde foi de R$ 5,8 bilhões, com aumento de 18% sobre o ano anterior;
  • A margem EBITDA alcançou 22% no período, 3 p.p. a mais que em 2022;
  • O nosso índice de alavancagem, medido pela relação dívida líquida/EBITDA ajustado, foi de 1,28x, atingindo o menor patamar histórico;
  • Nossos investimentos (Capex) somaram R$ 2,4 bilhões, aumento de 18% em relação ao ano anterior, alinhados à nossa estratégia de modernização, competitividade estrutural e aumento de produtividade;
  • O ano foi marcado por resultados históricos das nossas operações da América do Norte e Europa e crescimento de novos negócios no Brasil;
  • Encerramos 2023 com elevação de crédito pela S&P Global Ratings, tanto no perfil individual quanto global, com atualização da perspectiva para “positivo” pela Fitch Rating e mantendo grau de investimento nas três principais agências de rating; 
  • Recebemos a classificação A no tema mudanças climáticas pelo CDP.

Encerramos 2023 com lucro líquido de R$ 2,6 bilhões, aumento de 123% em relação a 2022, explicado principalmente pelo melhor resultado operacional. A nossa receita líquida global consolidada em 2023 foi de R$ 26,7 bilhões, crescimento de 3% em relação a 2022, resultado da dinâmica favorável de preços e de mercado principalmente nas nossas operações da América do Norte e Europa, Ásia e África. No Brasil, os nossos resultados também foram positivos, impulsionados pelo crescimento acima do esperado de novos negócios. O volume total de vendas nos países em que atuamos somou 37 milhões de toneladas de cimento, levemente maior que no ano anterior.  

“Encerramos o ano com um forte resultado, fruto da nossa diversificação geográfica, do crescimento em novos negócios e da captura de sinergias das aquisições realizadas nos últimos anos. Avançamos também nos investimentos em competitividade, descarbonização e novos negócios, mantendo o foco em nosso mandato estratégico, disciplina financeira e posicionamento de mercado”, diz Osvaldo Ayres, nosso CEO global. 

O EBITDA (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado atingiu o recorde de R$ 5,8 bilhões em 2023, 18% maior na comparação com o exercício anterior, explicado pela redução de custos e gestão de margens, além das sinergias já capturadas das últimas aquisições. Consequentemente, a Margem EBITDA alcançou 22% no período, aumento de três pontos percentuais em relação a 2022.  

Encerramos 2023 com alavancagem, medida pela relação dívida líquida/EBITDA Ajustado, de 1,28x, redução de 0,27x na comparação com 2022. Chegamos ao final de 2023 com saldo de caixa e aplicações financeiras no valor de R$ 5,9 bilhões, suficiente para cumprir com as nossas obrigações financeiras para, aproximadamente, os próximos quatro anos.  

“O nosso índice de alavancagem reduziu ao longo do ano, em linha com o melhor resultado operacional e menor dívida líquida no período, atingindo o menor patamar histórico da companhia. Em 2023, obtivemos o registro de Companhia Aberta na Categoria A junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o que representou mais um passo na evolução da nossa governança corporativa e ampliação do acesso ao mercado de renda fixa no Brasil, alinhada com nossa estratégia de diversificar fontes de financiamento e base de investidores. Mantivemos uma sólida liquidez ao longo do ano e também o grau de investimento junto às principais agências de rating”, afirma Bianca Nasser, nossa diretora financeira global. 

No ano passado, nossos investimentos em expansões, modernização e sustentação do negócio (Capex) somaram R$ 2,4 bilhões, crescimento de 18% em relação a 2022. Esse aumento está alinhado à nossa estratégia global de investimentos em modernizações e competitividade estrutural com foco em produtividade, como o projeto da nossa fábrica de Salto de Pirapora, no interior de São Paulo, além de projetos atrelados aos compromissos de descarbonização. Também estão sendo realizados projetos de investimento focados em combustíveis alternativos em todas as regiões, um dos nossos pilares de descarbonização.  

 

Desempenho por região 

No Brasil, alcançamos receita líquida de R$ 12,8 bilhões em 2023, aumento de 1% em relação a 2022, resultado da queda de demanda no mercado, apesar da dinâmica de preços favorável e do aumento das receitas de novos negócios. 

De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC), o setor de cimento no Brasil teve uma retração de 1,7% em 2023. Conforme a entidade, a indústria nacional do cimento ainda não refletiu as ações positivas da economia ao longo do ano e ainda é impactada pela retração na renda das famílias, além das condições climáticas extremas que o país vivenciou em 2023. 

O nosso EBITDA ajustado no Brasil totalizou R$ 2,5 bilhões, resultado operacional ligeiramente maior, de 1%, comparado a 2022. A gestão de margens, redução de custo de combustível e energia, e o forte crescimento em novos negócios, que teve aumento de 58% em 2023 perante 2022, contribuíram para o resultado. O EBITDA ajustado advindo de novos negócios representou 17% no EBITDA ajustado total das nossas operações no Brasil, frente a 11% em 2022. 

Na América do Norte, a receita líquida atingiu R$ 7,8 bilhões em 2023, crescimento de 5% sobre 2022, resultado da dinâmica de preços que mitigou a ligeira desaceleração da demanda. O EBITDA ajustado da região foi de R$ 1,9 bilhão em 2023, crescimento de 23%, explicado principalmente pela gestão de preços, combinada ao arrefecimento de custos ao longo do ano. Ambos os resultados foram negativamente impactados na consolidação em reais pela depreciação do dólar em 2023. 

Na Europa, Ásia e África, a nossa receita líquida aumentou 26% em 2023 comparada a 2022, atingindo R$ 4,3 bilhões, resultado principalmente da recuperação de mercado na Turquia com maiores volumes e preços, além dos volumes adicionais advindos da integração da nova fábrica em Málaga (Espanha).  

O EBITDA ajustado na região foi de R$ 1,1 bilhão, crescimento de 66% em relação ao exercício anterior. O forte resultado foi impulsionado pela dinâmica positiva de mercado na maior parte dos países da Europa, Ásia e África, gestão de preço e sinergias já capturadas dos processos de aquisições recentes. Adicionalmente, o arrefecimento de custos, principalmente combustível, energia e frete, impulsionou ainda mais o resultado do ano. 

Na América Latina, a nossa receita líquida foi de R$ 869 milhões em 2023, crescimento de 7% em comparação com 2022, resultado da melhoria de mercado na Bolívia e no Uruguai. O EBITDA ajustado de 2023 foi de R$ 164 milhões, 18% maior que em 2022. A dinâmica positiva na Bolívia e no Uruguai impulsionou o resultado, assim como a retração de custo no Uruguai. A operação uruguaia foi positivamente impactada pelas sinergias operacionais que estão sendo capturadas devido à unificação das atividades industriais na cidade de Minas, projeto inaugurado no início de 2023. 

 

Sustentabilidade  

Além dos sólidos resultados financeiros, reduzimos em 4% as nossas emissões líquidas de CO2 ao longo de 2023, recorde de redução, fruto das iniciativas e investimentos em descarbonização.  

No início de 2023 inauguramos o parque eólico Ventos do Piauí, em parceria com a Auren, localizado na região Nordeste do Brasil. Com isso, adicionamos 55 MW em nossa capacidade instalada de geração de energia no Brasil, aumentando para 49% a participação de energia renovável na nossa matriz energética.  

Em julho, assinamos acordo de financiamento na forma de um sustainability-linked loan com o International Finance Corporation (IFC), maior organização de desenvolvimento voltada ao setor privado em países emergentes e membro do Grupo Banco Mundial. Fomos a primeira cimenteira brasileira a firmar com o IFC um contrato conectado a indicadores de sustentabilidade. O investimento de US$ 150 milhões é destinado à fábrica de Salto de Pirapora (SP) para aumentar o nível de substituição de combustíveis fósseis e, assim, reduzir as nossas emissões de CO2.  

Já em 2024, como parte de nosso programa de competitividade estrutural, firmamos um acordo para a formação de uma joint venture que fará a construção de um parque de energia solar no município de Paracatu (MG), com estimativa de capacidade instalada destinada de 470 MWp. 

Também firmamos contratos de compra e venda de energia (Power Purchase Agreements) para o fornecimento de 100 MWm de energia solar ao longo de 15 anos, com início previsto a partir de 2026, para contribuir com o abastecimento das nossas unidades produtivas no Brasil. 

Em fevereiro de 2024, recebemos a classificação A na avaliação sobre transparência corporativa e desempenho em mudanças climáticas pelo CDP, uma das mais respeitadas organizações internacionais sem fins lucrativos, que administra um sistema global de divulgação de informações ambientais por empresas, cidades, estados e regiões.  

Com base nos dados relatados por meio do questionário sobre Mudanças Climáticas de 2023 do CDP, alcançamos a pontuação ‘A’, nos colocando como a única cimenteira brasileira a fazer parte de um número seleto de empresas no mundo classificadas no topo da lista e que atuam como exemplos de melhores práticas para o mercado. 

Adicionalmente, recebemos novamente da Sustainalytics o reconhecimento de Top-Rated Ranking da Indústria referente à performance de análise de rating ESG de 2023, nos tornando a única empresa do setor de materiais de construção da América Latina a estar presente no ranking.  

  

R$ 5 bilhões de investimentos em crescimento e competitividade estrutural 

Em janeiro deste ano, anunciamos investimentos de R$ 5 bilhões em um programa abrangente de crescimento e competitividade estrutural em nossas operações no Brasil. 

Esse programa, dos quais R$ 1,5 bilhão já está em execução, abrange as nossas operações em todas as regiões do país, com investimentos estruturantes para elevar a competitividade, a capacidade de coprocessamento e reduzir de forma significativa as emissões de CO2. Com esses investimentos, iremos adicionar mais 3 milhões de toneladas/ano de cimento à nossa capacidade atual de produção no Brasil. 

O programa inclui o investimento adicional de R$ 300 milhões na ampliação da capacidade de produção de nossa fábrica no município de Salto de Pirapora, no interior do estado de São Paulo. A construção de uma nova moagem de cimento irá adicionar 1 milhão de toneladas/ano à capacidade de produção da unidade. Em conjunto com outra operação localizada no bairro de Santa Helena, na cidade vizinha de Votorantim, nossa fábrica de Salto de Pirapora forma o complexo Salto-Santa Helena, que terá sua capacidade de produção expandida em cerca de 20%. O início das obras está previsto para o primeiro semestre deste ano, com expectativa de conclusão para o segundo semestre de 2025.