Divulgamos os nossos resultados financeiros de 2020

08/04/2021, 10h30

 

  • Nosso EBITDA ajustado foi de R$ 3,8 bilhões, aumento de 43% sobre o ano anterior e sua margem alcançou 22,9% no período, crescimento de 2,4 p.p sobre 2019;
  • A alavancagem, medida pela relação dívida líquida/EBITDA, caiu para 1,96 vez, o melhor resultado nos últimos dez anos;
  • Em novembro, anunciamos a expansão da Cementos Artigas, no Uruguai, operação em sociedade com a espanhola Cementos Molins;
  • Em dezembro, juntos da Caisse de dépôt et placement du Québec (CDPQ) anunciamos a combinação de nossos negócios para fabricar, distribuir e vender cimento no Canadá e nos Estados Unidos;
  • Reforçamos as práticas ESG com o lançamento dos nossos Compromissos de Sustentabilidade para 2030.

 

Encerramos 2020 com receita líquida global de R$ 16,7 bilhões, aumento de 29% em relação a 2019, explicada principalmente pelo aumento do volume de vendas no Brasil, no Canadá e nos Estados Unidos, e pelo impacto positivo da desvalorização do real no balanço das demais regiões. O EBITDA (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciações e amortizações) ajustado consolidado atingiu R$ 3,8 bilhões, crescimento de 43% frente ao ano anterior, com margem EBITDA de 22,9%, aumento de 2,4 pontos percentuais em relação a 2019. Terminamos o ano com alavancagem, medida pela relação dívida líquida/EBITDA, de 1,96 vez, o melhor resultado nos últimos dez anos.

Em 2020, vendemos 32,4 milhões de toneladas de cimento nos países onde temos operações – Brasil, Bolívia, Canadá, Espanha, Estados Unidos, Marrocos, Tunísia, Turquia e Uruguai –, correspondendo a um aumento de 8% em relação ao volume comercializado no ano anterior.

“O ano passado foi extremamente desafiador em função da pandemia e dos seus impactos em todo o planeta. Implantamos um plano de contingências para proteger a vida das pessoas e preservar as operações. Isso nos permitiu responder com agilidade tanto no Brasil quanto nos demais mercados em que temos operações, encerrando o ano com aumento de vendas, crescimento de geração caixa e a menor alavancagem dos últimos dez anos”, afirma o nosso CFO global, Osvaldo Ayres Filho.

Registramos lucro líquido no exercício de R$ 437,5 milhões, uma redução de 20% em relação ao ano anterior, explicado principalmente em função de ganhos não recorrentes ocorridos em 2019 com a exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS/Cofins e do impairment das operações da Turquia e da Bolívia, sem efeito caixa, realizado em 2020.

Em linha com a nossa estratégia de expansão, em novembro de 2020, a Cementos Artigas, empreendimento nosso em conjunto da companhia espanhola Cementos Molins, iniciou um projeto de unificação das atividades industriais no Uruguai. Com investimento de US$ 40 milhões, a iniciativa envolve a integração das instalações industriais, que até então estavam divididas entre uma fábrica localizada em Montevidéu e uma planta principal situada na cidade de Minas, a 100 quilômetros da capital. As atuais operações de moagem e expedição de cimento da fábrica de Montevidéu serão realocadas para a fábrica de Minas, resultando em uma linha de produção unificada mais eficiente e sustentável, com início da operação em 2022. O projeto resultará em grandes avanços de competitividade e ganhos ambientais em função da eficiência das novas instalações e redução do consumo de energia elétrica em aproximadamente 40%.

Já em dezembro, anunciamos a combinação de negócios da nossa subsidiária integral, St Marys Cement Inc. (Canadá), com a McInnis Cement Inc. para fabricar, distribuir e vender cimento no Canadá e nos Estados Unidos. A entidade combinada será formada pela Votorantim Cimentos Internacional (VCI), plataforma de investimentos internacionais e nossa subsidiária integral, sendo a sétima maior produtora de cimento do mundo, e pela Caisse de dépôt et placement du Québec (CDPQ), investidor institucional de longo prazo, por meio de sua participação na McInnis Holding Limited Partnership (McInnis Holding). A VCI terá 83% de participação acionária e a CDPQ ficará com 17%. A conclusão da operação ainda está sujeita às aprovações de órgãos reguladores. Enquanto isso, continuamos a operar como negócios separados até o fechamento da transação.

Ainda sobre expansão, o cronograma das obras de ampliação da fábrica em Pecém (CE) foi alterado com a paralisação em março de 2020 devido ao cenário da pandemia do novo coronavírus e retomada em setembro. O projeto de expansão vai aumentar em 800 mil toneladas/ano a capacidade de moagem de cimento da unidade, atualmente de 200 mil toneladas/ano. Após a conclusão, a fábrica de Pecém passará a ter uma capacidade de produção total de 1 milhão de toneladas/ano de cimento, aumentando a eficiência e a capacidade de distribuição dos produtos. A conclusão das obras está prevista para o primeiro semestre de 2021.

Reforçando nossas práticas ESG, divulgamos, em novembro, os nossos Compromissos de Sustentabilidade para 2030. As metas têm o objetivo de alinhar toda a nossa operação mundial às demandas atuais e futuras da sociedade, gerando impacto positivo em toda a nossa cadeia e nas comunidades em que atuamos. Os compromissos são divididos em sete pilares: ética e integridade; saúde, segurança e bem-estar; diversidade e inclusão; inovação, pegada ambiental; economia circular e valor compartilhado.

 

Resultado no Brasil (VCBR)

No Brasil, a venda de cimento teve um aumento de 11% em 2020, segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC), o que impulsionou também a recuperação de preços no mercado local. O crescimento foi motivado pela mudança no perfil do consumo do país durante a pandemia, com aumento das obras civis, pelo auxílio emergencial fornecido pelo governo federal e pelos juros baixos que refletiram também na retomada no mercado imobiliário. No país, alcançamos receita líquida de R$ 7,9 bilhões em 2020, crescimento de 23% em relação a 2019. O EBITDA ajustado cresceu 47%, para R$ 1,6 bilhão.

 

Resultado na América do Norte (VCNA)

Na América do Norte, a nossa receita líquida atingiu R$ 5,4 bilhões no ano passado, crescimento de 43% em relação a 2019. O EBITDA ajustado da região foi de R$ 1,5 bilhão em 2020, crescimento de 43%. O resultado positivo na América do Norte deve-se, principalmente, ao efeito de conversão cambial, aos melhores volumes no Canadá no segundo trimestre, ao sólido volume nos Estados Unidos e ao inverno mais ameno no início do ano.

 

Resultado na Europa, Ásia e África (VCEAA)

Na Europa, Ásia e África, alcançamos a receita líquida de R$ 2,6 bilhões em 2020, crescimento de 22% em relação ao ano anterior. A região foi a mais impactada pela pandemia do novo coronavírus, com tempo e intensidade distintos, retomando a performance operacional ao longo do ano. O EBITDA ajustado na região foi de R$ 528 milhões, crescimento de 21% em relação ao exercício anterior, fortemente impactado pela desvalorização do real.

 

Resultados na América Latina (VCLATAM)

Na América Latina e demais regiões, nossa receita líquida foi de R$ 823 milhões em 2020, crescimento de 25% em comparação com 2019. O EBITDA ajustado de 2020 foi de R$ 233 milhões, avançando 98%. O crescimento foi devido ao forte volume de vendas no Uruguai, que foi parcialmente compensado pelo mercado desafiador enfrentado na Bolívia, tanto pela pandemia do coronavírus quanto por desafios macroeconômicos locais.