Nossos resultados do segundo trimestre de 2020

14/08/2020, 10h11

Encerramos o segundo trimestre com receita líquida global de R$ 3,9 bilhões, aumento de 18% sobre mesmo período de 2019

Com o setor de construção civil considerado serviço essencial na maioria dos países em que atuamos, seguimos operando com restrições limitadas pela pandemia do novo coronavírus

 

São Paulo, 14 de agosto de 2020 – Obtivemos receita líquida global de R$ 3,9 bilhões no segundo trimestre de 2020, aumento de 18% em relação ao mesmo período de 2019. O crescimento é explicado, principalmente, pelo impacto positivo da depreciação do real frente ao dólar, por sólidos resultados na América do Norte e por melhores volumes de venda no Brasil. O EBITDA (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado consolidado atingiu R$ 735 milhões no segundo trimestre de 2020, 50% maior do que o registrado no segundo trimestre do ano passado. Já a margem EBITDA neste segundo trimestre foi de 19%. A nossa alavancagem, medida pelo índice dívida líquida/EBITDA ajustado, foi de 4,20 vezes uma evolução positiva ao comparar o nível de alavancagem de 4,76 vezes do primeiro trimestre do ano, influenciado pelo forte resultado operacional e geração de fluxo de caixa livre, ainda muito impactada pela desvalorização cambial dos primeiros seis meses do ano.

O lucro (prejuízo) líquido no segundo trimestre de 2020 ficou negativo em R$ 153 milhões, uma redução de 214% em comparação ao mesmo período do ano anterior. A reversão do resultado é explicada, principalmente, pela contabilização de impairment nos ativos da Turquia e Bolívia, decorrentes, sobretudo, do cenário mais desafiador advindo da pandemia, impactando o valor recuperável desses ativos. A contabilização total de impairment – que não impacta o nosso fluxo de caixa – foi de R$ 273 milhões. Caso fosse excluído o efeito do impairment, o lucro líquido do segundo trimestre teria sido positivo em R$ 119 milhões e a queda teria sido de 11% comparada ao 2T19.

A nossa diversidade geográfica de atuação também favoreceu os resultados, pois os impactos da pandemia do novo coronavírus foram sentidos em momentos e intensidade diferentes em cada país. A partir de meados de março, as ações adotadas em razão do Covid-19, como o distanciamento social e as medidas restritivas de atividade econômica, impactaram as vendas do mercado de cimento em todas as regiões que operamos, mas com dinâmicas distintas.

O distanciamento social impactou positivamente a demanda no Brasil, onde um aumento no volume de vendas foi observado desde maio. Esse crescimento na procura por produtos de construção civil é decorrente de um aumento da necessidade por pequenas melhorias dentro de casa, visto que as pessoas estão passando um tempo maior nas suas residências. O mercado também foi influenciado pela antecipação de manutenções durante o fechamento do comércio de rua e dos centros comerciais, conforme o último relatório do Sindicato Nacional da Industria de Cimento (SNIC).

Mantivemos uma dinâmica positiva e registramos uma receita líquida de R$ 1,8 bilhão no Brasil, com crescimento de 9% em relação ao segundo trimestre de 2019. O EBITDA ajustado no período foi de R$ 254 milhões no país, crescimento de 233% em relação ao 2T19, principalmente em função da redução de custos decorrente do plano de contingência implementado pela pandemia da Covid-19, somado ao melhor desempenho de produtos adjacentes e melhores volumes.

“As condições de mercado no Brasil foram menos desafiadoras do que o inicialmente esperado no primeiro semestre de 2020, considerando o cenário da pandemia do coronavírus. Seguimos com disciplina financeira e gestão conservadora do perfil de endividamento da companhia. Temos prazos médios de vencimentos de dívidas acima de oito anos e alta liquidez de caixa que nos permitem estar bem posicionados para enfrentar a volatilidade e incerteza oriundas essa turbulência”, afirma o nosso CFO global, Osvaldo Ayres Filho.

O mercado de cimento nos Estados Unidos e Canadá também apresentou uma dinâmica positiva durante o primeiro semestre de 2020, impulsionado por condições climáticas favoráveis e menor impacto das restrições decorrentes da pandemia nas regiões em que temos presença.

Na América do Norte, a receita líquida atingiu R$ 1,5 bilhão no segundo trimestre de 2020, aumento de 40% em relação ao ano anterior, explicado principalmente pela desvalorização do real frente ao dólar seguido pelo menor impacto da pandemia do que o esperado no setor de construção civil e manutenção da demanda do mercado. O EBITDA ajustado foi de R$ 387 milhões no período, um aumento de 33% em relação ao segundo trimestre do ano passado.

Na Europa, África e Ásia, em função da expansão do Covid-19, as restrições foram mais rigorosas nas áreas em que a atuamos. Na Espanha e na Tunísia, houve interrupção total do setor entre março e abril, e a produção tem sido gradualmente retomada. Já em Marrocos, a paralisação foi mais moderada, porém o impacto no volume foi relevante devido às medidas de contenção do novo coronavírus no segundo trimestre. A Turquia foi o país que vivenciou menos impacto na região, porém o cenário macroeconômico do país continua desafiador.

Na região, o crescimento da receita líquida foi de 2% em comparação com o trimestre passado e atingiu R$ 440 milhões, impactada positivamente pela depreciação do real, que compensou a queda no volume de vendas em todos os países, principalmente devido ao cenário da Covid-19. O EBITDA ajustado na região teve retração de 33% no segundo trimestre, para R$ 67 milhões.

Na América Latina, o Uruguai teve uma evolução mais branda da pandemia do que os países vizinhos e não precisou fechar a economia. Dessa forma, a nossa operação no país ocorreu de forma regular no segundo trimestre e foi favorecida por questões do mercado local. Em contrapartida, na Bolívia foi imposto o fechamento total da nossa operação durante dois meses em decorrência da pandemia, impactando diretamente o mercado de cimento e, por consequência, o volume de vendas no país.

A receita líquida na América Latina e demais regiões foi de R$ 145 milhões no 2T20, queda de 6% em relação ao segundo trimestre de 2019. O mercado na Bolívia enfrentou um cenário desafiador com bloqueio total das atividades econômicas desde o final de março. Esse impacto foi parcialmente mitigado pelo forte desempenho operacional no Uruguai. O EBITDA ajustado registrou crescimento de 16%, para R$ 27 milhões.

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