Nossos resultados do primeiro trimestre de 2020

21/05/2020, 10h00

Encerramos o primeiro trimestre com receita líquida global de R$ 2,7 bilhões, crescimento de 9% sobre o mesmo período de 2019

Resultado operacional foi beneficiado por inverno menos rigoroso na América do Norte e pelo desempenho das demais regiões nos dois primeiros meses do ano

 

São Paulo, 21 de maio de 2020 – Registramos receita líquida global de R$ 2,7 bilhões no primeiro trimestre de 2020, um aumento de 9% em relação ao mesmo período de 2019. O resultado é fruto de um mercado mais forte e um inverno menos rigoroso na América do Norte, além do desempenho, em linha com a expectativa, das demais regiões nos dois primeiros meses do ano. Encerramos o trimestre com EBITDA (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado de R$ 232 milhões, queda de 60% em relação aos três primeiros meses do ano passado. Excluindo item não recorrente que impactou positivamente o primeiro trimestre de 2019, principalmente relacionado a créditos fiscais devido à exclusão do ICMS sobre o PIS/COFINS, o EBITDA ajustado deste primeiro trimestre de 2020 teria atingido um crescimento de 5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Terminamos o primeiro trimestre do ano com alavancagem, medida pelo índice dívida líquida/EBITDA ajustado, de 4,76 vezes em função do descasamento entre a taxa de câmbio extremamente desvalorizada na data de conversão da dívida, em 31 de março de 2020, versus a taxa de câmbio de conversão do EBITDA dos últimos doze meses.

Diante do avanço global da pandemia do coronavírus, o impacto no negócio começou a ser sentido principalmente a partir da segunda quinzena de março. Temos um plano de contingências e de continuidade dos negócios, assegurando, com liquidez e caixa robusto, fazer frente à volatidade e incerteza atuais”, afirma o nosso CFO global, Osvaldo Ayres Filho.

No Brasil, a nossa receita líquida no trimestre foi de R$ 1,6 bilhão, um aumento de 2% em relação ao primeiro trimestre de 2019. Já o EBITDA ajustado foi de R$ 116 milhões, retração de 77% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, explicado principalmente pelo item não recorrente relacionado a créditos fiscais no 1T19. Os resultados no primeiro trimestre de 2020 foram positivos devido à melhor dinâmica do mercado até meados de março. De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC), a indústria do cimento fechou 2019 com um crescimento de 3,5%, depois de quatro anos consecutivos de retração. A projeção para 2020 ainda não foi atualizada em função das incertezas dos impactos da Covid-19 nos próximos meses.

Na América do Norte, a receita líquida atingiu R$ 631 milhões no primeiro trimestre de 2020, um aumento de 52% em relação ao mesmo período do ano anterior, impactado principalmente por mercado mais forte e um inverno menos rigoroso, que recorrentemente afeta as operações e os resultados no Hemisfério Norte. Contribuíram também para o resultado o aumento do volume de vendas de 26%, a melhora nos preços e o efeito de depreciação do real. O EBITDA ajustado ficou negativo em R$ 5 milhões no trimestre na região. Apesar da queda, superou o resultado do primeiro trimestre de 2019 em 91%. Durante o primeiro trimestre, a América do Norte não sentiu significativamente os impactos da Covid-19, mas algum nível de queda na demanda do mercado de cimento é esperado para o segundo trimestre.

Na Europa, África e Ásia, a receita líquida ficou estável em relação ao 1T19, atingindo R$ 403 milhões. O EBITDA ajustado teve queda de 8%, totalizando R$ 90 milhões no trimestre. Os resultados foram impactados pela queda de volume de vendas em todos os países, principalmente Espanha, Turquia e Tunísia, devido às restrições comerciais geradas pela Covid-19, que afetou a região a partir de março.

Na América Latina e outras regiões, a receita líquida no primeiro trimestre foi de R$ 151 milhões, queda de 12%, e o EBITDA ajustado foi de R$ 30 milhões, queda de 4% em relação ao primeiro trimestre de 2019. O Uruguai ainda não sofreu restrições comerciais significativas devido à Covid-19 no trimestre e manteve o volume de vendas, apresentando melhor dinâmica de preços. Já a Bolívia sofreu impacto mais significativo no volume de vendas em função das restrições impostas por causa do coronavírus a partir de março, com a suspensão da operação devido às medidas tomadas pelo governo local.

 

Ações de combate ao coronavírus

Diante do risco que representa a pandemia do coronavírus, implantamos uma série de iniciativas preventivas em todas as suas operações, como o reforço na higienização e limpeza dos locais de trabalho e dos ônibus fretados, mudança na rotina dos refeitórios, orientação aos motoristas, implantação de termômetros nas unidades produtivas, proibição de viagens a trabalho, suporte técnico de telemedicina, apoio psicológico, orientações para o trabalho em home office para todas as áreas administrativas e suporte técnico para uso de ferramentas de tecnologia, entre outras.

Todas as medidas que tomamos visam a saúde, a segurança e o bem-estar dos nossos empregados, familiares, prestadores de serviços, parceiros, clientes e comunidades nas quais atuamos”, diz Ayres Filho.

Nas unidades de produção, estão sendo mantidos contingentes reduzidos de pessoal, com cuidados reforçados na prevenção. Na operação de concreto, as filiais continuam atuando com menor número de pessoas para atendimento de obras ainda em execução, de forma a garantir o abastecimento dos clientes. Seguimos monitorando diariamente a situação em todas as unidades, avaliando os riscos e novas medidas podem ser tomadas a qualquer momento.

Anunciamos a criação de um fundo com recursos próprios para apoiar as comunidades vizinhas às suas operações no Brasil. O fundo, que recebeu aporte inicial de R$ 5 milhões, será a fonte de recursos para atender aos pedidos que chegam de instituições, associações, ONGs e outros entidades públicas e privadas localizadas nos municípios onde atuamos.

Em abril, anunciamos a adesão ao movimento Não Demita, (www.naodemita.com) assumindo publicamente o compromisso de manter o nosso atual quadro de empregados no Brasil até julho deste ano. Também criamos o portal VCajuda (www.vcajuda.com.br) com o objetivo de capacitar e apoiar os pequenos e médios varejistas do setor da construção civil com conteúdo relevante e soluções digitais que os ajudem a ingressar no universo das vendas online durante esse período de pandemia do Covid-19.