Evoluímos no número de mulheres em nossas operações no Brasil

11/03/2025, 23h12

Contratamos, em 2024, mais de 100 mulheres para trabalharem em posições de operação no Brasil, como fábricas, minerações, centrais de concreto e centros de distribuição. Hoje, as mulheres representam 15% dos profissionais que atuam em nossas operações em território brasileiro, totalizando 1,1 mil empregadas.  

Conheça as histórias de Aline, Mirian, Emanueli, Alanna e Júlia. Elas atuam em algumas das nossas fábricas que mais avançaram no número de contratações de mulheres em 2024 e que, hoje, contam com maior presença feminina. 

 

Mulheres superam preconceitos e encontram espaço para se desenvolverem na Votorantim Cimentos, em Sobradinho (DF) 

Aline da Silva Santos – Operadora de máquinas móveis na unidade de Sobradinho (DF)

No Distrito Federal, nossa unidade de Sobradinho teve um crescimento de 24% no número de profissionais femininas em nossa equipe de trabalho em 2024, totalizando 31 mulheres na unidade.  

Por trás desses avanços, há histórias inspiradoras que unem quebra de preconceitos, superação de desafios e muita inspiração. É o caso de Aline da Silva Santos, de 33 anos, que trabalha como operadora de máquinas móveis em nossa fábrica de Sobradinho (DF). Ela atua na mineração operando um caminhão que carrega 35 toneladas e exige muita técnica para carregar o calcário, extraído da mina, e transportá-lo até a fábrica para produzir o cimento. “O serviço na mineração é meticuloso. Então, você tem que ter capacidade para estar lá”, afirma Aline.  

A operadora começou sua carreira profissional como auxiliar de cozinha, mas sempre nutriu um fascínio por dirigir e operar máquinas grandes e potentes, inspirada pelo pai que trabalha na mesma área. O interesse de ter melhoria financeira a levou a tomar uma decisão corajosa: pediu demissão do antigo emprego para investir em sua formação como motorista. Natural do Distrito da Fercal (DF), ela trocou a habilitação e recebeu treinamento dentro de uma empresa terceirizada que prestava serviços à Votorantim Cimentos. Sua dedicação foi recompensada quando foi efetivada diretamente pela empresa há cerca de três meses.  

Hoje, Aline é a única mulher entre os cinco motoristas que realizam uma das tarefas essenciais para o funcionamento da fábrica. Ela relata ter sido bem recebida pelos colegas, mas até chegar ali conta que já enfrentou preconceitos na sociedade, inclusive de pessoas próximas, que sugeriram investir “em um fogão de seis bocas”. No entanto, isso serviu de motivação e hoje ela inspira outras mulheres. Para Aline, o maior desafio não é competir com os homens, mas superar os próprios limites. “Eu diria para outras mulheres que é uma área muito desafiadora, mas muito produtiva. Você tem de querer realmente fazer a diferença e não desistir”, disse Aline.  

Nossa unidade de Sobradinho também tem mulheres em funções de liderança. Mirian Nascimento Coutinho, por exemplo, é coordenadora de Produção de Insumos Agrícolas, Argamassas e Ensacadeira, posto assumido por ela em agosto de 2024 e que simbolizou uma guinada na vida profissional e pessoal. Natural de Aracaju (SE), Mirian ingressou na companhia em 2010 como assessora de Planejamento e Controle de Manutenção, na fábrica do município sergipano de Laranjeiras.  

Mirian Nascimento Coutinho – Coordenadora de Produção de Insumos Agrícolas, Argamassas e Ensacadeira na unidade de Sobradinho (DF)

Com formação em Engenharia de Produção e o apreço por atividades que envolvem gestão e supervisão, Mirian construiu uma sólida trajetória na indústria, o que na época chamou a atenção da diretoria da Regional Nordeste. “O meu gestor na época disse que acreditava no meu potencial e que eu já tinha uma boa bagagem para alcançar cargos gerenciais. A questão é que nós, mulheres, às vezes temos a ‘síndrome da impostora’ e nos perguntamos se o elogio que recebemos pelo nosso desempenho é real e se daremos conta de fato de ir além. Assimilei isso por um tempo, mas resolvi encarar o que me fosse apresentado”, disse Mirian.  

O talento de Mirian também foi percebido pela nossa área de Gente, que identificou nela um grande potencial para coordenar o setor responsável pela preparação dos produtos fabricados para ensacamento e expedição na fábrica da Votorantim Cimentos de Sobradinho (DF). O convite recebido simbolizou a conquista de um sonho para Mirian, que não enfrentou resistência da família para mudar de cidade e continuar a se desenvolver na carreira.  

“Sou movida a desafios e esse chamado veio ao encontro do que eu buscava para mim. Tenho como propósito viver com leveza e se sinto isso em determinado ambiente é porque ali é mesmo o meu lugar. Eu fui muito bem recebida por todos os colegas na Votorantim Cimentos de Sobradinho e cada dia me sinto mais integrada à empresa. Para as mulheres que querem algo semelhante, elas devem acreditar nos seus sonhos e fazer valer porque nós podemos sim chegar aonde quisermos”, afirma Mirian. 

 

Fábrica de Salto de Pirapora (SP) está entre as nossas unidades com o maior número de mulheres no Brasil 

Emanueli Constantino Silveira Moraes – Técnica de planejamento na unidade de Salto de Pirapora (SP)

Nossa fábrica localizada na cidade de Salto de Pirapora, na região metropolitana de Sorocaba (SP), é uma das nossas unidades com maior número de mulheres nas operações no Brasil. A unidade encerrou o ano de 2024 com 57 mulheres em seu quadro geral de empregados, um aumento de 16% em relação a fevereiro do mesmo ano. 

Emanueli Constantino Silveira Moraes, 31 anos, atua há um ano e oito meses na fábrica em Salto de Pirapora. Começou na área de mineração e atualmente é técnica de planejamento sênior, responsável pelas paradas técnicas dos fornos de produção de cimento. Ela explica que as grandes paradas de fornos acontecem três vezes ao ano e mobilizam cerca de 800 pessoas, envolvendo também a gestão de custos e diversas ações que devem acontecer de forma coordenada. “É um trabalho complexo e anteriormente o cargo era ocupado por um homem. Tive um certo receio no início se reconheceriam a minha capacidade, mas assumi o desafio e vejo que meu desempenho tem o reconhecimento dos colegas e da gestão”, afirma Emanueli. 

Emanueli afirma que não sente que há mais cobrança por ser mulher, mas para avançar na carreira tomou a decisão de investir em sua formação profissional. Formada como técnica em mecânica, está finalizando o curso de tecnólogo em processos gerenciais e também cursa engenharia mecânica. Natural de Itu (SP), Emanueli reside há 11 anos em Sorocaba. Para ela, atuar na indústria foi de certa forma motivado pela família, já que seu pai e sua mãe sempre trabalharam nesse setor. Apesar da rotina ocupada pela jornada de trabalho e estudos, Emanueli enfatiza a importância da terapia em seu processo de evolução na carreira e de dividir as questões do dia a dia com sua namorada. Também busca se distrair nos cuidados com a cachorrinha que adotou. 

 

Mulheres mostram determinação no mercado de trabalho do Sergipe 

Alanna Beatriz Pacheco Pinto – Operadora Mantenedora II na unidade de Laranjeiras (SE)

Em Sergipe, nossa fábrica de Laranjeiras teve um crescimento de 60% no número de profissionais femininas em sua equipe de trabalho em 2024, totalizando 24 mulheres na unidade. 

Por trás desses avanços, há histórias inspiradoras que unem quebra de preconceitos, superação de desafios e muita inspiração. É o caso de Alanna Beatriz Pacheco Pinto, que atua na área operacional da mineração da fábrica de Laranjeiras como operadora Mantenedora II. No seu dia a dia, Alanna auxilia os processos de britagem de calcário e de argila junto com os demais operadores da mina e também dá suporte na programação das manutenções desses processos. A britagem de rochas e minérios na mina é uma etapa essencial para iniciar o processo produtivo do cimento. É quando ocorre a fragmentação do calcário, que em seguida é destinado para moagem para fabricar o cimento.  

Alanna começou a sua experiência na indústria ainda no Ensino Médio, quando fez um curso de eletrotécnica. Ela continuou se especializando enquanto cursava a faculdade de engenharia civil, mas decidiu abraçar de vez o segmento fabril e obteve também uma capacitação como eletricista industrial e técnica de mineração. Em 2019, Alanna iniciou estágio técnico na fábrica da Votorantim Cimentos em Laranjeiras (SE) e, depois que iniciou na área da mineração da unidade, buscou mais conhecimento em um curso de técnico mineração. “Durante o estágio, adquiri conhecimento em planejamento de manutenção e desenvolvi minhas habilidades práticas na área de elétrica e mineração. Ao final desse processo, em 2021, eu saí da empresa, mas não demorou muito para eu ser chamada de volta para ocupar uma vaga efetiva. A oportunidade como operadora mantenedora representou um grande desafio para mim”, disse Alanna.  

“Essa é uma função que exige operar os equipamentos com segurança e evitar paradas de produção de matéria primas que comprometam a fabricação de cimento. Além disso, o fato de eu ser a primeira mulher na área operacional da mineração foi um impacto. Usei a minha experiência e contei com o apoio de colegas solícitos, inclusive com o meu gestor, para eu me sentir acolhida ao assumir esse posto. Esse pioneirismo incentiva mais mulheres a ingressar na indústria, como vem ocorrendo. Isso é muito bom porque mostra que podemos, tanto quanto os homens, contribuir com os nossos talentos na indústria”, afirma Alanna. 

Nosso gerente de fábrica em Laranjeiras, Breno Oliveira Martins, ressalta a importância da participação feminina para tornar o ambiente de trabalho mais diverso e inclusivo. “A presença de Alanna em um cargo historicamente ocupado por homens representa um marco na nossa fábrica. Ao assumir essa ocupação com competência e determinação, ela rompe barreiras e pavimenta o caminho para futuras gerações. Seu exemplo nos inspira a proporcionar um ambiente de trabalho mais justo, inclusivo e inovador, o que reforça a nossa atuação em sintonia com os Compromissos de Sustentabilidade para 2030 da Votorantim Cimentos, que tem a Diversidade a Inclusão como um de seus principais pilares para a construção de um futuro melhor”, afirma Breno. 

 

Votorantim Cimentos aumenta a presença feminina na fábrica de Esteio (RS) 

Júlia Pinheiro de Oliveira – Operadora de produção na unidade de Esteio (RS)

Em 2024, o número de empregadas em nossa fábrica de Esteio (RS) aumentou 62,5%, saindo de oito para 13 mulheres. Hoje, 50% dos cargos de liderança nessa fábrica são ocupados por mulheres. O crescimento significativo no número de mulheres na unidade está em evolução e contribui para a mudança da realidade no mercado de trabalho gaúcho. Segundo a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), o estado encerrou 2023 com 855,3 mil trabalhadores nos setores de Indústria e Construção, sendo 266,2 mil (31%) mulheres e 589,1 mil (69%) homens.  

Uma das novas empregadas faz parte desse contingente feminino na indústria. Júlia Pinheiro de Oliveira, 19 anos, começou na unidade gaúcha como jovem aprendiz, em 2023. Depois de uma breve experiência em outra empresa na região, foi contratada há três meses pela Votorantim Cimentos como operadora de produção. Nessa função, Julia realiza a limpeza e a operação de equipamentos da fábrica, como a paletizadora, que empilha e organiza as embalagens de argamassas em paletes para ser entregues ao mercado. “Desde que comecei aqui aprendi muita coisa, pois tive a oportunidade de atuar tanto na parte administrativa quanto na parte operacional da empresa. Essas experiências são fundamentais para meu desenvolvimento e futuro profissional”, afirma Júlia.  

Mesmo com pouco tempo após seu retorno à fábrica de Esteio, Júlia já percebe avanços na presença feminina na unidade. “O ambiente melhorou muito de 2023 para cá. Hoje, há mais mulheres. No início, sentia olhares de dúvida, mas encarei como um desafio. Agora, a equipe tem sido maravilhosa, assim como as condições de trabalho”, disse Julia. Além do trabalho de inclusão feminina, a fábrica de Esteio da Votorantim Cimentos tem investido em sua infraestrutura física para receber as profissionais com melhorias como a construção de sala de amamentação, vestiários femininos e banheiro feminino na área industrial.  

“Muito mais importante que ter um trabalho formal são as oportunidades e benefícios que a empresa oferece. Aqui, vejo boas condições de trabalho e de desenvolvimento. No WorkPlace (rede social interna da empresa), vi uma publicação que nunca vou me esquecer: uma foto com líderes de diversas áreas da empresa e havia dezenas de mulheres. Isso me estimulou. Daqui uns anos me vejo formada, em engenharia civil ou elétrica, estabilizada financeiramente e em cargos maiores aqui na empresa”, afirma Júlia.