Evoluímos na presença de mulheres em nossas operações

08/03/2024, 08h49

Conheça histórias de empregadas que trabalham em nossas fábricas com maior número de mulheres no Brasil

Em um cenário histórico de desigualdade de gênero, o Dia Internacional da Mulher, celebrado hoje (08/03), é um momento para lembrarmos da importância de acelerar o aumento da presença feminina no mercado de trabalho. De acordo com dados de pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a proporção média de empregados e empregadas nas empresas é desigual, com 70% sendo homens e 30%, mulheres. Além disso, apenas 29% dos cargos de liderança na indústria brasileira são ocupados por mulheres, enquanto os homens representam 71%. Outro ponto revelado na pesquisa é que apenas 14% das empresas têm áreas específicas dedicadas à promoção de igualdade de gênero no local de trabalho.

Setores como indústria, construção civil, entre outros, sempre tiveram, predominantemente, a presença masculina nos cargos ocupados. Nós, como uma empresa de materiais de construção e soluções sustentáveis, atuamos para mudar esse cenário. No Brasil, temos a meta de atingir 30% de mulheres em cargos de liderança até 2030.

Levando isso em consideração, trabalhamos diariamente para aumentar a presença de mulheres em nossas fábricas para atuarem em diversas funções, desde cargos operacionais até administrativos. Celebramos essa conquista contando os avanços que tivemos em nossas fábricas com maior número de mulheres no Brasil.

 

Primeira mulher trabalhar como engenheira de minas

Nossa fábrica de Rio Branco do Sul (PR) é um exemplo de unidade que está atuando para aumentar a equidade de gênero nas operações. Nos últimos três anos, a nossa fábrica paranaense mais que dobrou o número de mulheres no quadro geral de pessoas, passando de 33 empregadas em 2021 para 73, em 2024. Outra conquista foi a chegada da primeira a engenheira de minas na unidade. Gabriela Lucarelli, 36 anos, desempenha o esse papel de ser a responsável técnica pelas nossas nove minas na região, liderando uma equipe de 300 pessoas, orientando a extração de calcário na nossa maior jazida no Brasil.

Mineira de nascimento e graduada em Engenharia de Minas pela Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), Gabriela já morou em seis estados diferentes (Amapá, Goiás, Amazonas, Pará, Minas Gerais e Paraná), atuando em outras empresas, e aceitou o novo desafio da posição em nossa unidade para expandir seu conhecimento e experiência profissional.

“Está sendo uma vivência incrível. Me sinto lisonjeada por assumir essa missão sendo mulher. Vejo que já existe um movimento muito grande de inclusão feminina nos últimos cinco anos, com o objetivo de tornar o ambiente industrial mais compatível com a nossa sociedade”, afirma Gabriela.

 

Operadora de painel muda dinâmica da área

Já nossa fábrica localizada na cidade de Salto de Pirapora, na região metropolitana de Sorocaba (SP) encerrou o ano de 2023 com 54 mulheres em seu quadro geral de empregados, um aumento de 63% em relação a 2022. Julia Paiva, de 22 anos, exerce na unidade a função de operadora do painel central, que controla todos os equipamentos da fábrica. Ela começou na fábrica há dois anos como estagiária, enquanto cursava Engenharia da Computação. Julia conta que nunca havia pensado em trabalhar em uma fábrica, mas seu avô tinha o sonho de vê-la com o uniforme industrial, por isso, resolveu participar do processo seletivo de estágio técnico. Após iniciar em nossa unidade, Julia se interessou tanto pela operação que também começou um curso técnico em Mecânica para atuar no painel de controle da fábrica.

“O fato de que todos os cargos na área do painel eram ocupados por homens motivou meu desejo de integrar essa equipe, impulsionado pela vontade de transformar esse ambiente. Agora, com um ano de experiência na área, colegas de trabalho já percebem diferenças significativas no comportamento das pessoas e na dinâmica diária do painel. Essa mudança não é apenas um reflexo da minha jornada, mas também resultado da persistência de mulheres que já estão na empresa há mais tempo, buscando novas oportunidades na operação, e das iniciativas promovidas pela empresa”, disse Julia.

 

Formação de profissional da comunidade

Outra unidade que se destaca no aumento da participação feminina é Sobradinho (DF). Nossa fábrica em Brasília registrou um aumento de 43% no número de mulheres nos últimos dois anos, passando de 32 empregas em 2022 para 46, em 2024. A técnica em manutenção Mariana Cardoso, 36 anos, está conosco há 15 anos na unidade, e acredita que o aumento no número de mulheres na operação inspira meninas a investirem em carreiras semelhantes, especialmente aquelas que residem em comunidades próximas à fábrica, como foi o caso dela.

Nascida na região da Fercal, bairro onde a fábrica está instalada, Mariana começou sua carreia participando de um curso de eletricista industrial do Programa Evoluir, uma iniciativa de capacitação profissional gratuita que oferecemos aos moradores das comunidades onde estamos presentes. “Eu cresci nas proximidades da Votorantim Cimentos em Sobradinho, tive parentes que trabalharam na fábrica e sempre almejei trabalhar na unidade também”, afirma Mariana, que atua na área de manutenção elétrica, realizando a inspeção termográfica de equipamentos, salas elétricas e subestações, e na elaboração de relatórios.

 

Engenheira de confiabilidade inspira outras mulheres

Na região Nordeste, a nossa fábrica de Sobral (CE) teve um acréscimo de 50% no número de mulheres trabalhando na unidade, passando de 20 mulheres em 2022 para 30 em 2023. A engenheira eletricista Ana Carla Silva Sousa, 24 anos, faz parte dessa evolução. Ao observar um técnico arrumando a TV de casa, iniciou a curiosidade, ainda na infância, que a levou a se interessar pela Engenharia. Na faculdade, percebeu o ambiente predominantemente masculino, mas ao estagiar e ver uma mulher atuando como gerente de manutenção em uma indústria, inspirou-se a buscar o mesmo caminho. “Essa líder foi uma grande referência para mim e mostrou que eu deveria acreditar que aquele era o meu lugar”, disse Ana Carla.

Ana Carla, que agora é referência para outras mulheres, atua como engenheira de confiabilidade em nossa fábrica em Sobral. Na busca pelo primeiro emprego como engenheira formada, ela participou, há dois anos, do Programa Engenheiras de Confiabilidade, iniciativa da empresa que formou mulheres para atuarem na área de manutenção das fábricas, cargo que garante o funcionamento dos equipamentos com boa performance e segurança. “A primeira entrevista já teve um impacto positivo para mim, pois na sala só havia mulheres. Me senti acolhida e cheguei lá junto com outras mulheres”, afirma Ana.

Saiba mais sobre nossas mulheres na operação e o papel das mulheres na história da Votorantim em nosso podcast Diálogos VC e confira a história de outras mulheres que trabalham conosco em nossas redes sociais.