Divulgamos os nossos resultados financeiros de 2021

  • Receita líquida consolidada somou R$ 22,3 bilhões em 2021, aumento de 33%;
  • EBITDA ajustado foi de R$ 5,2 bilhões, crescimento de 37% sobre o ano anterior;
  • Margem EBITDA alcançou 24% no período, 1 p.p. a mais que em 2020;
  • Alavancagem, medida pela relação dívida líquida/EBITDA Ajustado, caiu de 1,95x para 1,55x, o melhor resultado nos últimos dez anos;
  • Nosso investimento (Capex) em 2021 totalizou R$1,5 bilhão, 30% maior que em 2020;
  • Volume global de venda de cimento foi de 37,2 milhões de toneladas, crescimento de 15% em relação a 2020;
  • Reforçando nossas práticas de transparência e ESG, divulgamos hoje o Relatório Integrado 2021, que apresenta os dados relativos ao nosso negócio e o acompanhamento das nossas metas de Sustentabilidade para 2030.

 

Encerramos 2021 com lucro líquido de R$ 1,6 bilhão, aumento de 244% em relação a 2020, explicado principalmente pela melhora no resultado operacional, com crescimento no volume de vendas em todas as regiões em que atuamos, e pelos ganhos relacionados à consolidação das nossas aquisições realizadas na América do Norte e na Espanha.

A nossa receita líquida global foi de R$ 22,3 bilhões, aumento de 33% em relação a 2020, resultado da combinação da dinâmica de preços favorável, especialmente no Brasil e na América do Norte, dos fortes volumes de vendas em todas as regiões e dos impactos de consolidação das aquisições recentemente realizadas.

Em 2021, vendemos 37,2 milhões de toneladas de cimento nos países onde temos operações – Brasil, Bolívia, Canadá, Espanha, Estados Unidos, Marrocos, Tunísia, Turquia e Uruguai – aumento de 15% em relação ao volume comercializado no ano anterior.

“O avanço da vacinação e a continuidade dos estímulos fiscais e monetários contribuíram para uma melhora da economia global no ano passado, e o mercado de cimento manteve-se aquecido em todos os países em que atuamos. Nossa estratégia de negócio, nossas recentes aquisições, combinadas com a nossa resiliência e excelência operacional nos levaram a conquistar um crescimento de vendas em todas as regiões e a um fechamento de ano com resultados recordes”, afirma o nosso CEO Global, Marcelo Castelli.

O EBITDA (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciações e amortizações) ajustado consolidado atingiu R$ 5,2 bilhões em 2021, crescimento de 37% frente ao ano anterior, com margem EBITDA de 24%, aumento de 1 ponto percentual sobre 2020. Encerramos 2021 com alavancagem, medida pela relação dívida líquida/EBITDA Ajustado, de 1,55x, o melhor resultado nos últimos dez anos.

“Registramos um desempenho financeiro recorde em 2021 em um ambiente desafiador pelos contínuos efeitos da pandemia e pela pressão inflacionária mundial. Executamos movimentos estratégicos significativos, retornamos o pagamento de dividendos aos nossos acionistas e tivemos nova queda consecutiva em nossa alavancagem. Com a solidez das nossas métricas financeiras, retomamos e mantivemos nosso grau de investimento pelas três principais agências de rating”, diz Osvaldo Ayres Filho, nosso ex-CFO Global, recentemente promovido a diretor de Operações Cimento, Logística e Negócios Adjacentes.

No final de fevereiro de 2022, anunciamos Bianca Nasser como nossa diretora Vice-Presidente Financeiro e de Relações com Investidores (RI), posição que assumiu em 1º de março.

No ano passado, os nossos investimentos em expansões, modernização e sustentação do negócio (Capex) somaram R$ 1,5 bilhão, crescimento de 30% em relação a 2020. Entre esses investimentos estão a nova linha de produção da fábrica de cimento no Complexo Industrial e Portuário do Pecém, no Ceará, que iniciou sua operação em julho de 2021. O volume de produção da nova unidade irá reforçar o abastecimento do mercado da região metropolitana de Fortaleza.

Outro investimento em andamento é na modernização da Cementos Artigas, no Uruguai, operação da qual somos sócios. O projeto, previsto para ser concluído no final de 2022, contempla a realocação das atuais operações de moagem e expedição de cimento da unidade de moagem de Montevidéu para a fábrica principal de Minas, localizada a 100 quilômetros da capital uruguaia. A nova linha de produção unificada resultará em ganhos de eficiência industrial, competitividade de custo e sustentabilidade, além de reduzir o consumo de energia elétrica. Como resultado dessa unificação, um novo moinho de cimento vertical de última geração e novos silos de cimento serão instalados na unidade de Minas.

Em linha com a nossa estratégia de expansão, concluímos a combinação de negócios com a canadense McInnis Cement em 30 de abril de 2021. Desde o mês de maio de 2021, as nossas operações estão consolidadas dentro da Votorantim Cimentos América do Norte. A McInnis atua na fabricação, distribuição e venda de cimento na região dos Grandes Lagos, no leste do Canadá, e na costa nordeste dos Estados Unidos. Seus ativos comerciais incluem uma planta recente e moderna em Port-Daniel-Gascons, Quebec (Canadá), com uma capacidade de produção de 2,2 milhões de toneladas de cimento por ano, além de um terminal de águas profundas adjacente à planta e uma rede de distribuição composta por dez terminais (marítimo, ferroviário e rodoviário).

Em julho de 2021, a St. Marys Cement Inc. (Canadá), nossa subsidiária, concluiu a compra dos 50% restantes de participação na Superior Materials, operação de concreto localizada em Detroit, no estado de Michigan (EUA). A transação amplia a nossa atuação no negócio de concreto para atender aos clientes localizados nas principais cidades da Região dos Grandes Lagos.

Ainda na América do Norte, em agosto de 2021, a Prairie Aggregates Materials, subsidiária integral da St. Marys Cement, com sede em Chicago, Illinois (EUA), concluiu a aquisição dos ativos operacionais da base de Illinois da Valley View. A Valley View Industries operava cinco unidades produzindo agregados, calcário agrícola, cascalho, xisto e outros produtos para os setores de construção, mercado agrícola e rodovias.

Em outubro, por meio da nossa subsidiária Votorantim Cimentos España, concluímos a aquisição integral da Cementos Balboa, na Espanha. A Cementos Balboa possui uma moderna fábrica integrada de cimento localizada em Alconera, província de Badajoz, na região de Extremadura (Sudoeste da Espanha). Com a aquisição, complementamos nossas operações na Espanha, aumentando nossa eficiência operacional e aprimorando nossa rede de distribuição, além de fortalecer a nossa presença no mercado da Península Ibérica, alinhado com a nossa estratégia de longo prazo

Fortalecendo nossos negócios na Espanha e potencializando a sinergia entre os seus ativos no país, também anunciamos, em novembro de 2021, a assinatura de um acordo com a HeidelbergCement para adquirir todos os seus ativos operacionais no Sul da Espanha, que incluem uma moderna fábrica integrada de cimento, três minerações de agregados e 11 usinas de concreto na região da Andaluzia. A fábrica de cimento está localizada na cidade de Málaga (Andaluzia) e tem uma capacidade instalada de produção de 1,4 milhão de toneladas de cimento por ano. A conclusão da transação está sujeita ao cumprimento de condições precedentes, incluindo a aprovação pelas autoridades regulatórias ​​na Espanha. Continuaremos a operar como negócios separados até o fechamento da transação.

Reforçando nossas práticas de transparência e ESG, divulgamos hoje nosso Relatorio Integrado 2021, que apresenta os dados relativos ao nosso negócio no ano de 2021, assim como o acompanhamento das metas estabelecidas nos nossos Compromissos em Sustentabilidade para 2030.

“O ano passado foi de crescimento operacional e de avanço da nossa estratégia. Já 2022 começa com muitas incertezas no cenário macroeconômico global, agravado por conflitos geopolíticos. Nossas métricas financeiras robustas, o avanço das práticas ESG nas nossas operações e os movimentos estratégicos que temos feito nos deixam mais resilientes para suportar esse cenário mais volátil e a pressão adicional nos custos”, afirma Marcelo Castelli, nosso CEO Global.

 

Desempenho por região

No Brasil, alcançamos receita líquida de R$ 10,3 bilhões em 2021, crescimento de 30% em relação a 2020. O EBITDA ajustado cresceu 58%, para R$ 2,4 bilhões. Os resultados positivos, mesmo com mercado estável no segundo semestre e forte base de comparação em relação ao ano anterior, devem-se principalmente à forte dinâmica de mercado, com aumento de volumes de vendas e preços, o que amenizou a pressão de custos relacionada ao aumento dos preços das commodities e à inflação local.

Na América do Norte, a nossa receita líquida atingiu R$ 7,1 bilhões no ano passado, crescimento de 31% em relação a 2020. O EBITDA ajustado da região foi de R$ 1,8 bilhão em 2021, crescimento de 26%. O resultado positivo deve-se, principalmente, à consolidação das aquisições de McInnis, Superior Materials e Valley View, além da forte demanda no Canadá e nos Estados Unidos, à dinâmica de preços nos dois países e às condições climáticas favoráveis, com o inverno mais ameno.

Na Europa, Ásia e África, a nossa receita líquida foi de R$ 2,9 bilhões em 2021, crescimento de 37% em relação ao ano anterior. A região foi a mais impactada pela pandemia de Covid-19 em 2020 trazendo uma base mais baixa de comparação. O EBITDA ajustado na região foi de R$ 562 milhões, crescimento de 24% em relação ao exercício anterior. Em 2021, houve forte demanda em todos os países e dinâmica de preços positivos na maioria deles. Esse cenário atenuou parcialmente a pressão sobre custos mais altos.

Na América Latina, a nossa receita líquida foi de R$ 978 milhões em 2021, crescimento de 19% em comparação com 2020. O EBITDA ajustado de 2021 foi de R$ 237 milhões, avançando 19%. Destaque para a recuperação do mercado boliviano, que sofreu forte impacto da Covid-19 em 2020, e para a sólida demanda no Uruguai. Ambos os países tiveram preços estáveis e impacto positivo em função da desvalorização do Real no ano.