Assinamos o contrato de financiamento de US$150 milhões com a IFC

Investimento será feito em projeto de coprocessamento na fábrica de cimento em Salto de Pirapora (SP), que tem como principal objetivo elevar o índice de substituição térmica e reduzir as emissões de CO2 da unidade

20/07/2023, 11h00

Assinamos o contrato de financiamento com a International Finance Corporation (IFC),
maior organização de desenvolvimento voltada ao setor privado em países
emergentes e membro do Grupo Banco Mundial.

Somos a primeira cimenteira brasileira a firmar com a IFC um contrato conectado a
indicadores de sustentabilidade. O investimento de US$ 150 milhões será destinado à
fábrica de Salto de Pirapora (SP) e visa aumentar o nível de substituição térmica e
reduzir as emissões de CO2. O projeto faz parte da estratégia de sustentabilidade de
longo prazo da empresa e a previsão é de que seja concluído até 2028.

O contrato de financiamento possui compromissos de sustentabilidade atrelados e
prevê a redução do custo financeiro para a empresa em caso de atingimento da meta
de redução de CO2 acordada pela Votorantim com a Science Based Targets initiative
(SBTi). Adicionalmente, a IFC dará suporte técnico em outros projetos que fazem parte
da nossa jornada de descarbonização.

Atualmente, mais de 30% dos combustíveis utilizados pela fábrica de Salto de
Pirapora são considerados combustíveis alternativos como biomassa, cavacos de
madeira, pneus usados e combustível derivado de resíduo (CDR), reduzindo a
utilização de combustível fóssil. Com a implementação desse projeto, a unidade deve
dobrar a capacidade de utilização de combustível alternativo.

“Esse projeto é um passo importante na nossa jornada de descarbonização e está
alinhado aos Compromissos de Sustentabilidade 2030 da Votorantim Cimentos. É uma
satisfação firmar não apenas um contrato de financiamento com uma instituição como
a IFC, que tem a questão da mudança climática como uma de suas prioridades, mas
também estabelecer uma parceria para iniciativas que compõem a nossa agenda de
sustentabilidade”, diz Álvaro Lorenz, diretor global de Sustentabilidade da Votorantim
Cimentos.

Para Bianca Nasser, CFO global da Votorantim Cimentos, o projeto ilustra a
necessidade de alinhamento entre as áreas de finanças e de sustentabilidade das
empresas, além da importância do relacionamento com as agências multilaterais. “A
agenda de descarbonização é o grande desafio dos próximos anos e contar com
empréstimos competitivos e de longo prazo originados por parcerias com instituições
como a IFC será essencial para viabilizar novos projetos”, afirma Bianca.

Segundo Carlos Leiria Pinto, gerente-geral da IFC no Brasil, “a indústria de cimento é
parte fundamental do futuro do desenvolvimento e urbanização dos países em
desenvolvimento e, portanto, essencial para o crescimento econômico sustentável. O
investimento da IFC na Votorantim Cimentos representa um importante trampolim no
processo de melhoria da capacidade de oferta mais verde no setor de cimento,
abrindo caminho para se atrair mais investimentos e desenvolver ainda mais a
infraestrutura do Brasil”.

Jornada de descarbonização – A meta de descarbonização da Votorantim Cimentos
para 2030 é atingir 475 kg de CO2 por tonelada de cimento, o que representa uma

redução de 24,8% das emissões comparadas ao ano-base de 2018. Entre 1990 e
2022, a Votorantim Cimentos reduziu 24% as emissões de CO2 por tonelada de
cimento produzido no mundo. Em 2022, o resultado global de emissões da companhia
foi de 579 kg de CO2 por tonelada de cimento produzido, uma redução de 3% em
comparação com o ano de 2021.
Uma das principais alavancas para esse resultado é o coprocessamento, tecnologia
que substitui o combustível fóssil por outros materiais, como resíduos e biomassas,
nos fornos de produção de cimento. No Brasil, no ano passado, 31,3% do combustível
utilizado pela Votorantim Cimentos em suas fábricas foram de origem alternativa. Em
2022, a empresa utilizou 1,3 milhão de toneladas de resíduos e biomassas nas
operações brasileiras – registrando um crescimento de 20% em relação a 2021,
quando foram coprocessados 1,1 milhão toneladas.