Anunciamos metas mais rígidas de redução de emissões globais de CO2

Nossa nova meta, aprovada pelo SBTi, representa uma redução de 24,8% em relação ao ano base 2018 e está alinhada ao Acordo de Paris no tema de mudanças climáticas

01/12/2022, 09h58

Anunciamos que revisamos nossas metas de descarbonização para 475 kg de CO2 por tonelada de cimento até 2030. Nossa atual meta global é 8,7% menor que a anunciada em nossos Compromissos de Sustentabilidade para 2030, que era de 520 kg de CO2 por tonelada de cimento.

A nova meta de escopo 1, que se refere as emissões de CO2 geradas diretamente pelas nossas operações, foi aprovada pelo SBTi (Science Based Target initiative, em português “metas baseadas na ciência”) e representa uma redução de 24,8% em relação ao ano base de 2018. O SBTi é uma iniciativa que mobiliza o setor privado e instituições financeiras a liderar ações que ajudem a combater os efeitos das mudanças climáticas. A organização é resultado de uma parceria de diversas instituições que avaliam e validam metas de redução de emissões com base na ciência propostas por empresas que buscam esse alinhamento com metas mais ambiciosas.

Com este novo compromisso público, nivelamos nossas metas de redução de emissões à ambição do Acordo de Paris, que visa conter o aquecimento global abaixo de dois graus Celsius dos níveis pré-industriais e, também, buscar esforços para limitar o aumento da temperatura até 1,5°C.

“O combate aos efeitos negativos das mudanças climáticas está no centro da nossa estratégia e representam nosso foco em competitividade e legado positivo. As indústrias mais competitivas serão aquelas com menor emissão de gases de efeito estufa. Afinal, a crise ambiental é também uma crise econômica e social. A validação da nova meta pelo SBTi reforça o nosso comprometimento e esforços contínuos em relação à agenda net-zero”, afirma Álvaro Lorenz, nosso diretor Global de Sustentabilidade, Relações Institucionais, Desenvolvimento de Produto e Engenharia.

Entre 1990 e 2021, reduzimos nossas emissões de CO2 por tonelada de cimento produzido em mais de 20%. Nossa estratégia de descarbonização está pautada em quatro grandes pilares:

  • Coprocessamento: substituição do combustível fóssil nos fornos de produção do cimento por outros materiais, especialmente biomassas e resíduos. O coprocessamento é uma solução ambientalmente segura para gerenciamento de resíduos sólidos, uma tecnologia utilizada em diversos países do mundo e que garante a destinação e eliminação adequadas para diferentes tipos de resíduos;
  • Uso de cimentícios: o clínquer, material nobre obtido pela calcinação do calcário e outras matérias primas a altas temperaturas, é o principal responsável pela emissão de CO2 no processo produtivo de cimento. É possível promover a economia circular e reduzir a pegada ambiental do cimento por meio da substituição do clínquer por subprodutos vindos de outras indústrias, como as escórias siderúrgicas e as cinzas das termoelétricas, além de outros materiais cimentícios, como argila calcinada, pozolanas naturais e outros materiais;
  • Eficiência energética e uso de fontes renováveis de energia: possuímos hidrelétricas próprias e temos feito grandes investimentos em energia solar e eólica.
  • Desenvolvimento de tecnologias: uso de processos inovadores, novos materiais, desmaterialização da cadeia de valor, parcerias com diversas entidades e academia para, cada vez mais, otimizar os recursos e reduzir a intensidade do carbono.

Para saber mais sobre as nossas ações de sustentabilidade e entender sobre a importância da gestão de resíduos, escute já os episódios do nosso podcast Diálogos VC:

#16 – Inovação: produtos sustentáveis na Construção Civil

#28 – ESG: o impacto positivo da gestão de resíduos