A liderança feminina na indústria de materiais de construção

11/10/2023, 09h00

Artigo escrito pela nossa gerente global de desenvolvimento organizacional, Thatiana Soto Riva 

Se antes as mulheres reivindicavam o reconhecimento de seus potenciais, hoje essa questão vem sendo tratada com mais seriedade pelas empresas.  

Só que para isso acontecer, cada empresa deve estar preparada para revisar sua cultura organizacional. Desse modo, a participação feminina − e também a de outros públicos minorizados − não é viabilizada pela imposição, mas sim como fruto de um amadurecimento corporativo que acompanha as transformações da sociedade e vai além para gerar resultados duradouros.  

Para uma profissional atuante na indústria de materiais de construção como eu, é gratificante participar de um processo de evolução corporativa que possibilita às mulheres não só o ingresso no mercado de trabalho como também a permanência e o desenvolvimento. Foi com essa visão que firmamos na Votorantim Cimentos, em 2019, em nosso Manifesto e Compromisso global pela Diversidade, iniciativas que ajudam a fortalecer a nossa jornada de equidade de gênero, contribuindo também para melhorar o foco de nossas ações para atingirmos as nossas metas até 2030.  

No Brasil, em 2022, já conseguimos antecipar a nossa meta de ocupação feminina em cargos de liderança, atingindo um percentual de 25%, um índice que pretendíamos alcançar ao final de 2023.  Esse resultado nos motiva a seguir adiante para atingir 30% dos postos de liderança ocupados por mulheres no país até 2030, conforme divulgamos em nossos Compromissos de Sustentabilidade. Para isso, implementamos mais iniciativas que visam desenvolver a liderança em mulheres, como a criação de um programa específico para desenvolver mulheres líderes, contemplando, nas duas primeiras edições, mais de 100 participantes.  

Também criamos uma mentoria para mulheres negras na qual elas são orientadas sobre carreira e empoderamento por mulheres que já ocupam posições de liderança. Nas nossas operações, por sua vez, nos orgulhamos de aumentar a cada ano o percentual de mulheres atuando em campo e também da inauguração, em 2021, de um Centro de Distribuição com operação 100% feminina no Ceará, desde a operação de uma empilhadeira até a supervisão.  

Em outras unidades no país, elas também ocupam cargos antes liderados apenas pelos homens. Inclusive, contamos com mulheres com deficiência, sendo que há profissionais que foram promovidas por meio de um programa de desenvolvimento individual, que é voltado para pessoas com deficiência e no qual as mulheres também avançam em suas trajetórias.  

E assim como desenvolvemos as líderes, também realizamos iniciativas para mulheres que buscam conhecimento prático para aprimorar a sua formação e melhorar as condições de empregabilidade. São programas voltados desde a preparação em nível de estágio técnico até a formação de operadoras de empilhadeira, motorista de betoneira e engenharia de confiabilidade, por exemplo, além das capacitações que realizamos, em parceria com entidades, para formar mulheres da comunidade para ingressarem no mercado de trabalho, podendo atuar em diversas áreas da indústria de materiais de construção e da mineração. 

Essas iniciativas reforçam o Nosso Jeito de Ser, um jeito que pode e deve ser de todos que querem atuar por mudanças para construir um futuro melhor. Devemos celebrar nossas conquistas, mas também reconhecer os desafios que ainda temos e que vamos superar tanto pela nossa persistência quanto pelas transformações no comportamento das pessoas. Demonstramos que quanto mais diverso e inclusivo é um ambiente, mais podemos crescer, enxergando na singularidade de cada um o diferencial que ajuda a impulsionar transformações positivas para a coletividade.  

 

Quer saber mais sobre os desafios e histórias das mulheres em posição de liderança? Escute já os episódios do nosso podcast Diálogos VC sobre o tema: