Com 33% de engenheiras em nosso quadro técnico, investimos em iniciativas de formação e liderança feminina para transformar o setor
No Brasil, segundo levantamento do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), existem atualmente 1.173.550 profissionais com registro ativo na área de engenharia, dos quais apenas 20% são mulheres, totalizando 236.950 profissionais.
Em 2014, a organização britânica Women’s Engineering Society (WES) instituiu o Dia Internacional das Mulheres na Engenharia, celebrado em 23 de junho. A data foi criada com o objetivo de dar visibilidade à atuação feminina em um setor ainda predominantemente masculino.
Aqui, na Votorantim Cimentos, observamos essa realidade com atenção e estamos comprometidos em contribuir para uma transformação na trajetória de mulheres na engenharia. Atualmente, do total de profissionais registrados como engenheiros em nossas operações no Brasil, 33% são mulheres que atuam em fábricas e escritórios corporativos. Nos últimos três anos (2022 a 2025), tivemos um aumento de seis pontos percentuais no número de mulheres engenheiras – em 2022, o índice era de 27%.
Entre as diferentes especialidades da profissão, a Engenharia de Minas chama a atenção pelo número ainda reduzido de profissionais: são 6.338 engenheiros registrados no Brasil, sendo apenas 1.273 mulheres, segundo o Confea. A formação também é limitada – de acordo com o Ministério da Educação (MEC), o país conta hoje com apenas 12 instituições que oferecem o curso de bacharelado nessa área. Duas jovens profissionais engenheiras de minas da nossa companhia, que atuam em diferentes regiões, compartilham suas trajetórias na área.
Beatriz Alexandra da Silva, 29 anos, é formada em Engenharia de Minas pela Universidade Federal de Alfenas (Unifal) no campus de Poços de Caldas (MG) e atua como supervisora de mina em nossa fábrica de Salto de Pirapora (SP), responsável pela mina de calcário da unidade. Natural de Pouso Alegre (MG), Beatriz foi incentivada desde cedo pelo pai a investir nos estudos e conquistar sua independência. Concluiu o ensino médio integral em informática e, devido à facilidade natural com números, além da influência da irmã, que cursava Engenharia Química na Unifal, escolheu a mesma universidade para cursar Engenharia de Minas. Ainda na graduação, iniciou a carreira como estagiária e, posteriormente, como trainee. Em agosto de 2024, ingressou na Votorantim Cimentos para liderar a operação da mina de calcário em nossa unidade de Salto de Pirapora (SP).
Beatriz continuou investindo em sua formação com cursos de Black Belt, Design Thinking e Gestão de Projetos na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (Esalq-USP). Hoje, participa do programa Lidera VC, iniciativa voltada ao desenvolvimento de mulheres líderes. “O programa me ajuda a sair da rotina, refletir e trocar experiências com outras mulheres que vivem os mesmos desafios. Futuramente, vai me ajudar a refletir no que quero e como devo lidar com cada situação”, afirma.
Ela também reforça que sua vivência profissional aqui, na Votorantim Cimentos, não é limitada por estereótipos de gênero: “As dificuldades que enfrento no dia a dia não têm relação com o fato de eu ser mulher, e sim com os desafios técnicos da profissão. Me sinto respeitada por toda a equipe. Saber se posicionar é o mais importante”, diz Beatriz
A outra história de engenheira de minas está em nossa fábrica de Primavera, no Pará. Helena Maria Alves Machado, 27 anos, teve sua primeira experiência na Votorantim Cimentos, em Sobral (CE), onde estagiou lidando com perfuração de rochas. Após o término da faculdade, em 2023, foi efetivada em nossa empresa, assumindo o cargo de engenheira de minas pleno em nossa fábrica de Primavera, no Pará.
A facilidade com cálculos contribuiu para a sua escolha de carreira. Vivenciou um ambiente majoritariamente masculino durante o curso de Engenharia de Minas na Universidade Federal do Ceará (UFC) em Crateús, sua cidade natal, mas acredita que mulheres precisam ocupar cada vez mais os espaços. “Quanto mais mulheres tiverem em cursos de engenharia ou outros ambientes masculinos, mais os homens vão se acostumar. Não podemos deixar de fazer um curso por conta de ser um ‘curso masculino’. Temos que enfrentar e seguir adiante”, afirma Helena.
Jornada de inclusão – A nossa jornada de Diversidade e Inclusão é um exemplo da nossa constante evolução, além de um dos princípios de nossa cultura organizacional, representada pelo Nosso Jeito VC. Temos a meta de atingir 25% das posições de liderança ocupadas por mulheres globalmente até 2030 e encerramos 2024 com o percentual de 24,8%. A evolução foi de mais de quatro pontos percentuais desde 2020, quando esse índice era de 20,1%.
Entre as nossas iniciativas para acelerar a inclusão feminina e a inserção em posições de liderança está a Trilha de Capacitação Técnica de Mulheres, um programa de desenvolvimento para mulheres que atuam em nossas operações no Brasil desde posições iniciais, como aprendiz e estagiária, até o nível técnico e de liderança nas áreas de Manutenção, Mineração, Produção e Qualidade. Mais de 100 empregadas estão sendo capacitadas pela iniciativa no primeiro ciclo do programa, iniciado em 2024. Em 2024, também iniciamos uma trilha de conhecimento para Desenvolvimento para Mulheres Não Líderes chamado de Protagonismo e Autodesenvolvimento: mulheres construindo caminhos, que teve a participação de 860 mulheres ao longo do ano.
Já o Lidera VC é um programa para o desenvolvimento de mulheres líderes lançado em 2020. Mais de 250 mulheres já participaram do programa, que aborda diferentes temáticas a partir da perspectiva de gênero e inclusão, como estereótipos de gênero, negociação, liderança inclusiva, liderança estratégica e imagem profissional.
Os processos de recrutamento e seleção, principalmente de porta de entrada, também são exemplos de diversidade e inclusão. O nosso Programa de Trainee 2025 teve foco em áreas corporativas, como Recursos Humanos, Governança Corporativa, Logística, Marketing Estratégico, Suprimentos, Transformação Digital, Vendas & Marketing e Tecnologia da Informação (TI). Na nova turma iniciada em janeiro deste ano, dos sete participantes, seis são mulheres.