- Nossa receita líquida global consolidada no período foi de R$ 26,6 bilhões, resultado estável expurgando o efeito de variação cambial em comparação com 2023;
- Nosso EBITDA ajustado consolidado foi de R$ 6,5 bilhões, recorde pelo segundo ano consecutivo, o que representa crescimento de 9%, excluindo a variação cambial, em relação a 2023;
- Nossa margem EBITDA alcançou 24% no ano, 2 pontos percentuais a mais que em 2023;
- Nossos investimentos (Capex) totalizaram R$ 3,2 bilhões, aumento de 38% em relação ao ano anterior, alinhados à nossa estratégia global de modernização, competitividade e descarbonização;
- Nossas vendas globais de cimento somaram 35,4 milhões de toneladas, crescimento de 1% em relação a 2023;
- Obtivemos elevação de nossa nota de crédito global para “BBB” pela Fitch Ratings, dois níveis acima do grau de investimento, reafirmando a nossa solidez financeira;
- No final de 2024, fechamos acordo com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) para encerrar todos os processos administrativos e judiciais envolvendo a nossa companhia e a autarquia federal de defesa da concorrência, conforme as regras do programa “Desenrola Agências Reguladoras”.
Encerramos 2024 com recorde consecutivo de resultado operacional anual e avanço de margem, suportados pela nossa diversificação geográfica e de produtos. Obtivemos receita líquida global de R$ 26,6 bilhões no ano passado, resultado estável em relação a 2023, excluindo variação cambial, devido, principalmente, à nossa performance positiva nos países da Europa e Ásia e estabilidade no Brasil. O volume total de vendas de cimentos somou 35,4 milhões de toneladas em 2024, crescimento de 1% em relação ao comercializado no ano anterior.
O EBITDA (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 6,5 bilhões, recorde pelo segundo ano consecutivo e crescimento de 9% na comparação com 2023, em moeda local. O avanço no resultado operacional é fruto do nosso portfólio balanceado, com destaque para as operações na Europa e Ásia, da eficiência operacional combinada com a redução de custos variáveis na maioria das regiões e do impacto positivo de novos negócios, além dos ganhos realizados com a venda de ativos não estratégicos na América do Norte e no Uruguai. A Margem EBITDA alcançou 24% no ano, avançando 2 pontos percentuais em relação a 2023.
No ano passado, os nossos investimentos (Capex) totalizaram R$ 3,2 bilhões, crescimento de 38% em relação a 2023. Esse aumento está alinhado à nossa estratégia global de investimentos em descarbonização, competitividade e novos negócios. Em relação ao plano de investimentos de R$ 5 bilhões anunciado no início de 2024 para fortalecer as nossas operações no Brasil, R$ 1,9 bilhão já está em execução, com um programa abrangente de crescimento e competitividade estrutural até 2028.
Dentro desse plano de investimento estão o projeto de modernização no forno e no sistema de uso de biomassa na fábrica de Xambioá (Tocantins), que visa aumentar a taxa de coprocessamento. Ainda em projetos de modernização, no ano passado foi entregue a primeira fase do projeto de modernização da fábrica de Salto de Pirapora (São Paulo), que teve aumento marginal na capacidade de produção de clinquer e busca aumentar a substituição térmica e a redução da emissão de CO2. Na fábrica de Salto de Pirapora também está sendo construída uma nova moagem de cimento que irá adicionar 1 milhão de toneladas/ano à capacidade de produção da unidade. A previsão de conclusão é para o segundo semestre de 2025.
Entre os projetos de expansão no Brasil, no ano passado foi inaugurada uma unidade em Itaperuçu (PR) com aumento de capacidade referente aos projetos vinculados a novos negócios, como a Viter (insumos agrícolas) e a Verdera (gestão e coprocessamento de resíduos). Além disso, anunciamos, no ano passado, a expansão da unidade de Edealina (GO), um investimento de R$ 200 milhões na construção de uma nova linha de moagem de cimento que irá dobrar a nossa capacidade de produção da fábrica, totalizando 2 milhões de toneladas de cimento por ano. A previsão é de que a obra seja concluída no primeiro semestre de 2026.
“Encerramos o ano com resultado operacional recorde, suportado pela nossa diversificação geográfica, de produtos e negócios, em linha com o nosso mandato estratégico. Seguimos avançando com o nosso programa de modernização, competitividade e aceleração de novos negócios, bem como na implementação da nossa estratégia de descarbonização e sustentabilidade, alinhada aos nossos compromissos públicos para 2030”, afirma Osvaldo Ayres, nosso CEO global.
Encerramos 2024 com alavancagem, medida pela relação dívida líquida/EBITDA Ajustado, de 1,66x, aumento de 0,29x na comparação com 2023, considerando apenas as operações continuadas. O aumento é explicado pela variação cambial e o pagamento realizado ao CADE no final de dezembro de 2024, referente ao acordo para encerrar todos os processos administrativos e judiciais envolvendo a nossa companhia e a autarquia, parcialmente mitigado pela melhora do resultado operacional.
A agência de classificação de risco Fitch Ratings elevou a nossa nota de crédito global de “BBB-” para “BBB”, com perspectiva estável. Além disso, a Moody’s e a S&P Ratings reafirmaram a nossa nota de crédito global em “Baa3” e “BBB”, respectivamente, com perspectiva estável. Com isso, mantemos o nosso perfil de crédito de grau de investimento.
“A Votorantim Cimentos finalizou o ano com robustez financeira, baixa alavancagem e sólida liquidez, suportada pelos avanços nos ratings de crédito e oportunidades de dívidas com emissões em menores níveis de spread histórico. Encerramos 2024 com saldo de caixa e aplicações financeiras de R$ 5,2 bilhões. Esse valor permite que a companhia cumpra com suas obrigações financeiras pelos próximos quatro anos”, diz Antonio Pelicano, nosso CFO Global.
Registramos lucro líquido ajustado de R$ 2,2 bilhões em 2024, 17% menor que o apurado no exercício anterior em função de despesas financeiras, incluindo a liquidação antecipada do bond com vencimento original em 2027.
No final de 2024, realizamos o pagamento de R$ 1,1 bilhão ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) referente ao acordo para encerrar todos os processos administrativos e judiciais envolvendo a nossa companhia e a autarquia federal de defesa da concorrência, conforme as regras do programa “Desenrola Agências Reguladoras”. Com esse programa, o governo federal ofereceu a pessoas e empresas com questões pendentes junto a autarquias e fundações públicas a oportunidade de equacionarem as pendências em condições mutuamente benéficas, em um ambiente de consenso. Em função da transação extraordinária e do acordo, solucionamos, em definitivo, todos os litígios pendentes com o CADE. Nós não reconhecemos, em nenhum momento, a prática de qualquer ato ilícito ou a participação em qualquer conduta anticompetitiva.
Alinhados ao nosso plano de descarbonização, seguimos avançando globalmente com projetos de ampliação da capacidade de utilização de combustíveis alternativos provenientes de biomassas e resíduos. Na Espanha, realizamos o startup do projeto-piloto de captura de carbono na fábrica de Alconera, fazendo a captura de 1 tonelada de CO2 por dia. Essa iniciativa é uma das primeiras experiências de captura de carbono da indústria na Espanha e visa melhorar o conhecimento sobre tecnologias de captura de carbono, representando um passo significativo em nossa jornada de descarbonização. Expandimos também a experiência em captura de carbono para a América do Norte e estamos trabalhando em um projeto-piloto utilizando tecnologia de captura baseada em membranas na unidade de Charlevoix (Canadá). Desde 1990, ano-base do histórico das medições, já reduziu as nossas emissões de CO2 em 28%.
Desempenho por região
No Brasil, alcançamos receita líquida de R$ 12,9 bilhões em 2024, estável em relação a 2023, com maior volume de vendas, compensado, no entanto, pela dinâmica de preços. Já o EBITDA ajustado no Brasil totalizou R$ 2,6 bilhões, avanço de 4% em relação a 2023. A melhora nos custos variáveis, maior volume de vendas e avanços em novos negócios contribuíram para o resultado.
Na América do Norte, a receita líquida atingiu R$ 8,2 bilhões em 2024, redução de 4% na comparação com 2023, excluindo variação cambial, resultado da desaceleração do mercado, que mitigou a dinâmica de preços favorável no período. O EBITDA ajustado da região foi de R$ 2,3 bilhões em 2024, crescimento de 6% em moeda local sobre 2023, explicado por eficiência operacional e venda de ativo local não estratégico, resultando em uma importante recuperação de margens.
Na Europa e Ásia, a receita líquida aumentou 10% em 2024 comparada a 2023, atingindo R$ 3,9 bilhões, excluindo a variação cambial. O resultado positivo é explicado pelo aumento de volume de vendas e dinâmica de preços, tanto na Espanha quanto na Turquia. O EBITDA ajustado na região foi de R$ 1,1 bilhão, crescimento de 32% em relação ao exercício de 2023, em moeda local. O resultado operacional positivo foi decorrente da dinâmica de mercado mencionada e redução de custos variáveis, principalmente combustível e energia elétrica. Concluímos também um importante ciclo de captura de sinergias dos ativos adquiridos nos últimos anos no Sul da Espanha. Em 2024, assinamos acordos para a venda de nossos ativos localizados na Tunísia e no Marrocos. As conclusões dessas operações estão sujeitas ao cumprimento de condições precedentes, incluindo aprovação por autoridades regulatórias. Considerando a reclassificação de Tunísia e Marrocos como operações descontinuadas, em função da venda desses ativos em 2024, as informações consolidadas não consideram os resultados desses países.
Na América Latina, a receita líquida foi de R$ 903 milhões em 2024, redução de 2% na comparação com 2023 em moeda local, decorrente da dinâmica desafiadora de mercado tanto no Uruguai como na Bolívia. A região finalizou o período do 2024 com R$ 158 milhões no EBITDA ajustado, 10% menor que 2023, excluindo o efeito de variação cambial. O resultado é explicado pelo cenário de mercado e elevação de custos variáveis, mitigados parcialmente pela venda de um ativo não estratégico no Uruguai.